No Tá na Mesa – reunião almoço da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul – desta quarta-feira (17), a pauta foi Impostos e seus Impactos sobre a Renda dos Gaúchos. Aberto pelo presidente da Federasul, Rodrigo Souza Costa, o evento teve na sequência a participação do presidente da Assembleia Legislativa em exercício, Paparico Bacci, e dos deputados Rodrigo Lorenzoni, Felipe Camozzato, Capitão Martin, Patrícia Alba e Marcus Vinícius.
Em sua manifestação, Rodrigo Lorenzoni disse que os decretos que retiram incentivos fiscais, além de mostrar visão de curtíssimo prazo do governo, vão deixar a sociedade gaúcha refém de uma situação econômica trágica. O gestor público, disse o deputado, “deve cuidar do presente e preparar o futuro do Rio Grande do Sul e não do seu próprio futuro, do seu projeto pessoal de poder”.
“Há 25 anos, o Rio Grande do Sul traça exatamente esta trilha de governos que não cuidam das contas. Cuidar das contas não é fazer a reforma da previdência, a reforma administrativa e depois não fazer nada. Porque conta cresce assim como unha e tem que cortar sempre, assim como os gastos, citando aqui o que diz o prefeito Sebastião Melo. Nesses 25 anos, cada vez que a conta não fechava, o governo ia no bolso do cidadão, no bolso do empreendedor, para resolver o seu problema de caixa de curto prazo”, lembrou Rodrigo, afirmando que até o público da Federasul já deve estar cansado dessas discussões. Porque o discurso se repete, disse ele, “se não aumentar impostos, vai faltar dinheiro pra saúde, vai faltar dinheiro pra segurança. Mas, se resolveram os problemas da segurança, da saúde, da educação?”, questionou, afirmando que não será a repetição dos mesmo erros e as mesmas estratégias que nos levarão a caminhos diferentes.
“Vamos escolher a cura”
Para o deputado, a cada aumento de imposto, o setor produtivo perde um pouco da sua competitividade, o consumidor perde um pouco do seu poder de compra e a economia do RS vai se encolhendo. “Por que agora aconteceria diferente? Só porque o governador tem uma retórica perfeita? Porque tem milhões investidos em publicidade institucional, tem powerpoints irretocáveis? Ou seja, nós não podemos seguir insistindo enquanto sociedade num modelo que não deu certo”, disse Rodrigo, alegando que não aceita ver líderes empresariais ou cidadãos defenderem a Lei Mânica, como está sendo chamado o aumento de imposto, como um caminho menos ruim para o Rio Grande do Sul: – “Nenhum de vocês que está aqui quer o caminho menos ruim. Chega de ser medíocre. Vamos escolher o melhor caminho pro Rio Grande do Sul. Chega de escolher o remédio amargo. Vamos escolher a cura!”
Rodrigo alertou que o RS está diante de uma janela de oportunidade, fruto do esforço da sociedade gaúcha, fruto do esforço da classe produtiva e também dos parlamentares, que na última legislatura tiveram a coragem de fazer as reformas que o Rio Grande do Sul precisava. “Nós estamos diante de uma janela de oportunidade, talvez única. Se não mudarmos o leme do RS para um caminho de mais liberdade econômica, de sustentar o nosso crescimento em cima da atividade empreendedora, essa janela vai se fechar e nós vamos ter mais uma geração pelo menos, comprometida com o atraso. Eu sei que vocês não querem, nós também não queremos e vamos lutar até o fim contra aumento de imposto e por um Rio Grande próspero, a partir de quem produz e de quem consome”, finalizou.