No Dia Internacional da Mulher, mulheres de diversos movimentos sociais se uniram em um ato de luta e reivindicação por direitos, especialmente voltados para as mulheres do campo. Organizado por diferentes grupos, as atividades tiveram como objetivo principal garantir a igualdade e a dignidade para todas as mulheres, especialmente aquelas que enfrentam desafios na zona rural.
A programação teve início nas primeiras horas da manhã, com uma caminhada que partiu do Parque Internacional em direção à Prefeitura Municipal, passando pela 19ª Coordenadoria Regional de Educação e encerrando no Ministério Público. Representantes do Movimento das Trabalhadoras Sem-Terra entregaram uma “Carta Aberta” com solicitações de providências para as demandas do campo, abordando questões como transporte escolar, merenda escolar e melhoria das estradas rurais.
Catarina Ipaguirre, umas das representantes do Movimento das Mulheres Sem-Terra, destacou a importância da presença e do engajamento das mulheres na luta pelos seus direitos. Ela ressaltou a ausência da prefeita no evento e a necessidade de fazer barulho diante das deficiências nos serviços básicos. “Ela é uma mulher que representa a nossa cidade. Tentamos agendar com a prefeita, mas nos disseram que ela estava com a agenda cheia, então [hoje] íamos pedir para ela descer um pouco para não atrapalhar a agenda dela. A gente vai fazer barulho quando tiver uma deficiência dessa no nosso direito […] Todos os pedidos são importantes, o do transporte que não começou e nossos filhos que estão em casa sem transporte escolar e quando mandam é precário, vem as chuvas, enche e nós não temos estradas, saúde, é difícil, nossa luta é das mulheres por dignidade e respeito a todos”, destacou.
Representando a prefeita municipal, Ana Tarouco, que no momento não estava presente, Paula Bougleux, coordenadora da Coordenadoria da Mulher, Juventude, Diversidade e Igualdade Racial, recebeu a Carta Aberta e enfatizou o compromisso em ouvir e acompanhar as demandas das mulheres trabalhadoras do campo. Ela se comprometeu a entregar o documento às autoridades competentes e buscar uma agenda de diálogo para discutir as reivindicações apresentadas. “Esse documento será entregue com muito respeito com o pedido das mulheres trabalhadoras do campo rurais, meu papel é escutar as demandas. Nós acompanhamos desde o início e como coordenadora, a pedido da prefeita, estamos acompanhando nesse momento”, disse.
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