A comunidade santanense começa a viver mais um momento polêmico com a discussão sobre o novo valor da passagem de ônibus do transporte coletivo. Como sempre, serão colocadas sobre a mesa de negociações posições fundamentadas nos fatos. De um lado, os usuários argumentam, em voz geral, que a alta proposta (seja quanto for) acaba não correspondendo à qualidade do transporte oferecido, principalmente no que tange às condições dos veículos, falta de renovação, horários e itinerários distorcidos em relação à necessidade da população, enfim. De outro lado, com razão as empresas alegam que a receita resultante da tarifa praticamente inferior ao próprio custo de manutenção do serviço não permite um mínimo de qualificação exigida ou merecida pelos usuários. No meio disso, o Poder Público tenta equilibrar os interesses e, mais do que isso, preparar o terreno para a realização do processo de renovação do serviço. Com o novo plano municipal de mobilidade urbana em vias de ser implantado, o Município encaminha, finalmente, a realização de um novo certame licitatório para a exploração do serviço. A questão é: haverá empresas interessadas, sabendo de antemão que o serviço poderá se tornar deficitário em curto prazo? Vale lembrar que, além do valor – pelo menos hoje – insuficiente em relação ao custo de manutenção, há questões também como as muitas gratuidades garantidas por lei no transporte de idosos, pcds e outros casos. O debate não deverá ser fácil, como se pode prever. Será necessária muita calma nessa hora. Afinal, nunca é fácil dizer quem deve assumir o custo da qualidade que todos queremos.
Secretaria de Desenvolvimento Econômico apresenta balanço de suas ações em 2024
Invest RS, Junta Comercial do RS, Badesul e BRDE também participaram do evento