Gilberto Jasper
Jornalista/[email protected]
“A internet não aumentou o número de idiotas. Apenas deu voz a este contingente só aumenta”. A frase resume o sentimento de quem usa tecnolo-gia com critério. As redes sociais constituem um invento revolucionário que acabou com as distâncias. Em minutos tomamos conhecimento de fatos ocorridos no outro lado do mundo.
Já não precisamos buscar em livros ou enciclopédias porque é possível pesquisar qualquer conteúdo bastando portar um telefone celular. Google e outros sites contendo bilhões de dados – verídicos ou não – nos socorrem rapidamente.
Todo este avanço não impactou na boa educação das de quem emprega a internet. Ao contrário. À medida que os conteúdos aumentam, reduz-se sensivelmente a capacidade de agir de forma humana.
Pesquisas mostram que, em 6 de janeiro de 2023, havia 5,,5 bilhões de usuários da internet. O usuário global médio passa sete horas online todos os dias. Considerando somente os países da América Latina, o Brasil é líder absoluto no ranking. Conforme o levantamento ficam atrás apenas o México, com 96 milhões de usuários, e a Argentina, com 38 milhões de usuários de internet.
Os números são assustadores e insanidades que circulam pela rede também. A exemplo de tantos outros segmentos que necessitam de uma “reforma profunda”, o uso das redes sociais também passa pela questão educacional. Os maiores problemas do Brasil têm na raiz a falta de compromisso com melhorias do sistema educacional.
O desemprego é fruto, em grande parte, da falta de preparo de nossos jovens. Eles são afastados do ambiente escolar por causa de um sistema superado, retrógado, pouco atrativo e longe das expectativas e da realidade da gurizada. A saúde enfrenta um colapso permanente porque é na escola que as pessoas aprendem hábitos de higiene, a importância de exames preventivos e conhecem o Sistema Único de Saúde (SUS), instrumento de fundamental importância e reconhecimento mundial.
Na segurança, novamente a (falta de) educação faz vítimas que, por absoluta falta de preparo intelectual e afetivo, veem no tráfico um “emprego” muito melhor remunerado e com ganhos vultosos com grande rapidez. Estamos longe do tal “país do futuro” que, parece, não muda nunca onde precisa.
