Na manhã deste sábado 10 de junho, a Brigada Militar por meio do seu setor de investigação prendeu no Bairro Argiles em ação integrada com o GAEGO (Grupo de Ação e Repressão ao Crime Organizado) de São Miguel do Oeste, um homem que estava foragido da justiça acusado de ser o executor de um homicídio realizado em 2016 no município de Pinhalzinho, no Oeste de Santa Catarina.
Com a troca de informações da BM com a Polícia de Santa Catarina foi possível realizar a prisão do acusado que estava residindo na fronteira da paz. Conforme o inquérito policial, o crime foi encomendado pelo então sogro da vítima. O motivo seria desavenças pessoais, familiares e financeiras, já que ambos também eram sócios na empresa.
A companheira da vítima informou aos policiais na época, que ele era proprietário de uma grameira e teria recebido uma ligação para comparecer à uma subestação, no interior do município. O objetivo seria fazer um orçamento para manutenção de um gramado.
O veículo que ele usava foi encontrado pela viúva na manhã seguinte, em uma pedreira, às margens da SC-160, no município de Modelo. O corpo do homem foi encontrado apenas três semanas depois, no dia 20 de junho 2016, às margens da SC-160, na Linha Doze de Novembro, interior do município de Campo Erê.
Investigação
A mando do sogro, quatro executores teriam atraído a vítima para a subestação, onde três deles trabalhavam, na época, como seguranças. No local realizaram a emboscada. O assassinato ocorreu às margens da rodovia, próximo ao CTG, em Modelo. O homem foi morto com um golpe fatal de facão na cabeça e o corpo foi levado até Campo Erê, onde foi enterrado.
Conforme o delegado, o valor acertado pela execução foi entre 50 e 70 mil reais. Interrogados, todos os suspeitos negaram envolvimento, mas dois deles admitiram que receberam proposta do sogro da vítima para matá-lo.
Homicídio qualificado e ocultação de cadáver
Os suspeitos foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O inquérito foi encaminhado à Comarca de Modelo, onde eles serão julgados. A Polícia Civil solicitou a prisão preventiva de todos os envolvidos, porém o pedido foi negado pelo Poder Judiciário, que decretou a eles outras medidas cautelares. O Ministério Público de Modelo ofereceu denúncia contra suspeitos, o que foi aceito pelo Judiciário. Agora, os suspeitos são réus e provavelmente irão a júri.