O Frigorífico Estância, localizado às margens da BR 293, em Sant’Ana do Livramento, iniciou suas atividades em 2015, hoje conta com 35 colaboradores diretos e vários outros indiretos. A empresa está em fase de expansão com um projeto em andamento para a criação de uma nova planta quando a empresa projeta triplicar os abates de ovinos e dar início ao abate de bovinos, chegando assim aos 100 colaboradores diretos até o final do ano.
Confira a entrevista do Jornal A Plateia com Marcelo Rorato, proprietário do Frigorífico Estância.
JAP: Como você vê o mercado da carne de cordeiro no Rio Grande do Sul e no Brasil?
MARCELO RORATO – A carne de cordeiro está ganhando mercado no Brasil inteiro, o RS sempre teve consumo, mas com o aprimoramento e a qualidade dos cortes, a carne está se tornando uma iguaria nos pratos dos principais restaurantes do País.
JAP: Como conquistar mais consumidores?
M.R. – Escutamos muitos relatos de consumidores que não apreciavam a carne ovina por experiências ruins que tiveram no passado e que, ao provar novamente a carne, desta vez um produto inspecionado e de qualidade, se encantaram, contribuindo para o aumento do consumo da carne ovina. Uma consequência da preocupação com a qualidade que os frigoríficos, como o Estância, estão imprimindo em seus produtos, pois há um cuidado em todo o manejo, desde o carregamento do animal no campo até a entrega do produto finalizado, respeitando todas as regras sanitárias, embalagens adequadas, temperaturas em todo o processo de industrialização e transporte até o cliente. Bem diferente de uma carne abatida, transportada e vendida de qualquer forma, sem esses cuidados de garantia de qualidade.
JAP: Qual o seu recado para o produtor de ovinos, que está meio desaminado com o setor?
M.R. – Todo o agro tem altos e baixos, pois dependemos de muitos fatores externos, mas se conseguirmos terminar bem nossos animais e ofertamos ao mercado, em diferentes épocas do ano, nosso produto, aproveitando o preço mais alto na época da entre safra, conseguimos uma média anual boa, rentabilizando o negócio. Os animais gordos entre 40 e 55 kg são os mais valorizados e de mais fácil comercialização, pois é o que o mercado procura hoje.
JAP: Na sua opinião, o que pode ser feito no nível local para valorização da carne ovina?
M.R. – De nossa parte estamos focando as vendas em cortes embalados a vácuo e bem porcionados, facilitando o preparo do produto pelo consumidor final, seja nos restaurantes ou nos lares brasileiros, assim conseguimos agregar mais valor e apresentar uma carne segura, saborosa e de alta qualidade. Também participamos ativamente de vários eventos que ajudam na divulgação da carne ovina, como o Festival de Enogastronomia de Livramento, o “Paleta Atlântida” no nosso litoral no qual o principal corte, a estrela do evento, é a paleta de cordeiro. Sant’Ana do Livramento se tornou a Capital da Ovelha e o Frigorífico Estância, empresa daqui, leva o nome da cidade para todas as regiões do país. É muito importante valorizarmos isso e mandarmos produtos industrializados, ao invés de matéria prima para fora do município e do estado, pois o produto industrializado tem mais valor agregado, gera mais empregos e os impostos ficam aqui, ajudando no desenvolvimento do município.
JAP: Como o poder público municipal, Prefeitura e Câmara, poderiam colaborar para o fortalecimento do setor?
M.R. – Sempre há onde melhorar, mas a meu ver, já colaboram muito ao implantar e manter o SISBI (Sistema Brasileiro de Inspeção), pois a implantação abriu as portas para um mercado de mais de 200 milhões de pessoas para as agroindústrias locais, que antes ficavam restritas ao mercado municipal. Obviamente, existem algumas ações que precisam ser intensificadas, tais como melhoria nas estradas, combate ao abigeato e abates clandestinos, combate à sonegação fiscal, ações essas que potencializam e fortalecem o setor, pois grande parte da concorrência predatória tende a desaparecer.
Dois Veículos fazendo “racha” na Avenida João Goulart provocam grande acidente com danos materiais
Na madrugada deste sábado, 23 de novembro, a Brigada Militar atendeu a uma ocorrência de acidente de trânsito na Avenida João Goulart por volta da 1h30. Conforme o Boletim de Ocorrência, registrado na Delegacia de Pronto Atendimento da Polícia Civil, o acidente teria sido causado por conta de um “racha” envolvendo um veículo VW Gol cinza e um veículo Peugeot