Secretária escolar há 24 anos no Colégio Santa Teresa de Jesus, sua trajetória de afeto, dedicação e orgulho fazem parte da vida de gerações de alunos.
A relação de Adriana Larruscain com o Colégio Santa Teresa de Jesus vai muito além das funções administrativas que exerce com tanto carinho há 24 anos. Sua história com a escola começou ainda em 1984, quando chegou como aluna do curso de Magistério. Desde então, ela foi mãe de alunas, viu netos de ex-alunos ingressarem, e se tornou uma figura essencial na engrenagem da instituição. “Eu me sinto muito orgulhosa disso, porque hoje é muito raro as pessoas ficarem tanto tempo numa mesma função. E eu aprendo muito aqui, todos os dias”, conta Adriana.
Aos 57 anos, ela se emociona ao lembrar de ex-alunos que retornam à escola com seus filhos e compartilham lembranças da época em que ela os atendia ainda adolescentes. “Eles chegam de barba, cabelo diferente, e dizem: ‘Adriana, lembra de mim?’ É muito legal, isso é vida”, afirma.
Para Adriana, a secretaria é o coração da escola. É por ali que passam informações, histórias e o primeiro contato com as famílias. “O primeiro lugar que as pessoas conhecem quando chegam na escola é a secretaria. Então, a forma como são recebidos aqui diz muito sobre a instituição”, explica. Com mais de 700 alunos atualmente, a rotina é intensa: atendimento às famílias, gestão de documentos, comunicação via WhatsApp com os pais e suporte a professores, direção e coordenação. “A gente está sempre resolvendo algo. Todo dia é diferente.”
Sua relação com o trabalho é marcada por persistência e amor. Dos três empregos que teve na vida, todos foram em funções administrativas. No Santa Teresa, encontrou o equilíbrio entre a carreira e a vida familiar. “Eu nunca pensei em fazer outra coisa depois que conheci o trabalho de secretaria escolar, me apaixonei.”
O valor do trabalho foi uma herança familiar. Filha de mãe que trabalhou por 48 anos nas antigas Casas Pernambucanas, e de pai que sempre teve longas trajetórias em cada emprego, Adriana cresceu aprendendo a respeitar e valorizar o ofício. “Na minha casa, o Dia do Trabalhador sempre foi especial. Era feriado com churrasco garantido”, relembra com carinho.
Para ela, o 1º de maio é mais que uma data: é um símbolo de conquista. “Hoje, vejo muitos jovens que não têm essa persistência. Para mim, ter um trabalho é algo que dá sentido à vida. É motivo de orgulho ver ex-alunos, como você, Laura, que vi crescer na escola e agora és uma repórter.”
Neste Dia do Trabalhador, a história de Adriana Larruscain é uma homenagem a todos os profissionais que, com dedicação e paixão, fazem a diferença no cotidiano de tantas vidas — muitas vezes, sem sair do mesmo lugar, mas mudando o mundo ao seu redor.
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