No século XX, muitas expectativas sobre as tendências para o Século XXI foram citadas: globalização da economia; os avanços tecnológicos; as desregulamentações dos mercados e a sustentabilidade do planeta.
Nas conferências, palestras, participações em eventos, havia um consenso que as grandes decisões globais estavam seguindo as tendências apesentadas na década de 1990.
Em 2025, observa-se novas decisões das maiores potências econômicas e militares com ameaças às conquistas civilizatórias, depois da segunda guerra mundial.
Enquanto isso, o desenvolvimento da Inteligência Artificial ( IA), as viagens espaciais, as mudanças climáticas são realidades projetadas.
O mundo atual está apresentando maneiras diferentes do que se imaginava.
O cenário global está marcado por desafios que não necessariamente anulam essas tendências, mas as redirecionam ou complicam sua evolução, a saber:
1. A globalização econômica foi uma das grandes promessas para o século XXI, mas vem enfrentando resistências, especialmente nos últimos anos.
A guerra comercial entre os EUA e outras potências, o aumento do protecionismo e as sanções econômicas mostram que o livre comércio não evoluiu como muitos previam.
No entanto, a globalização não desapareceu – ela se transformou, com novos atores, como China e Índia, assumindo papéis centrais e com cadeias produtivas redesenhadas;
2. Os avanços tecnológicos continuam revolucionando indústrias e a sociedade, mas também transformaram a guerra e a geopolítica. As “guerras cirúrgicas” – conflitos de alta tecnologia com drones, ciberataques e inteligência artificial – mostram que a guerra tradicional foi substituída por operações mais estratégicas e tecnológicas.
Esse fenômeno não nega o avanço da tecnologia, mas questiona seu impacto na paz e estabilidade global;
3. A promessa de um mercado cada vez mais desregulamentado e aberto sofreu reveses, devido às crises financeiras e à necessidade de maior controle sobre empresas globais de tecnologia.
Os Governos têm aumentado regulações sobre Big Techs, criptomoedas e inteligência artificial, o que indica que a desregulamentação não é uma tendência linear;
4. A sustentabilidade foi projetada como um dos grandes desafios do século XXI, e essa previsão se concretizou. A crise climática e as pressões para uma economia verde são centrais nas políticas globais, com investimentos em energia renovável, restrições a combustíveis fósseis e novas regulamentações ambientais.
Contudo, há resistência de algumas nações e setores econômicos que ainda dependem de indústrias tradicionais.
Logo, pode -se concluir que vemos não é o fim das tendências projetadas, mas sua adaptação e transformação diante de um mundo mais complexo e multipolar.
O multilateralismo enfrenta desafios, mas novos blocos econômicos e diplomáticos emergem.
O livre comércio se ajusta às tensões políticas e tecnológicas.
A inovação avança, mas traz novos riscos.
E a sustentabilidade, apesar das dificuldades, se torna um tema incontornável.
O século XXI ainda está se desenhando, e as tendências previstas no século XX continuam vivas – mas de formas inesperadas.
As viagens e o fenômeno turístico, também.
Será?
Respeitam-se todas as opiniões contrárias.
São reflexões.
Podem ser úteis.
Pensem nisso.
