Nesta terça-feira (9), uma reunião, realizada no Fórum de Sant’Ana do Livramento com a presença o juiz Gildo Meneghello, reuniu sócios, antigos diretores, ex-presidente e associados do Esporte Clube 14 de Julho para discutir o futuro do Estádio João Martins, que está com leilão judicial marcado para os dias 11 e 25 de junho de 2025.
O encontro teve como objetivo buscar alternativas para impedir a perda do estádio, um dos mais antigos do Brasil, pertencente ao 14 de Julho, clube fundado em 1902, o terceiro mais antigo do país. Entre as propostas discutidas, está a criação de uma comissão para tratar diretamente do tema e estudar medidas legais e financeiras que possam reverter a situação.
A venda judicial do estádio decorre de uma dívida contraída em 2009, quando o clube firmou uma parceria com a Fundação de Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul (Fundergs) e recebeu R$ 115 mil para reformas no restaurante do estádio. Como não houve prestação de contas, a pendência foi judicializada e culminou no processo de execução de título extrajudicial movido pelo Estado.
Durante a reunião, o professor Batista Conceição, um dos presentes, manifestou preocupação com a possível venda do estádio. “Tem um clube de Rivera com interesse em adquirir o estádio. Embora tombado, ele pode mudar as cores, trocar o distintivo. Não pode mexer na estrutura, mas muda as cores, muda a história do clube. Então, esse é o temor que a gente tem. A gente quer manter a nossa história e quer também honrar esse compromisso que temos com o governo do Estado”, declarou ao jornal A Plateia.