Vivi um momento emocionante ao visitar o Cristo Protetor, na cidade de Encantado, no interior do Rio Grande do Sul. Uma obra monumental, com 43,5 metros de altura — maior até que o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro —, que se tornou símbolo de fé, acolhimento e desenvolvimento. O maior Cristo do mundo está no Brasil. E mais do que isso: está no nosso Rio Grande do Sul.
Enquanto Brasília trava o desenvolvimento com burocracia, omissões e prioridades questionáveis, Encantado dá uma aula de gestão, visão e união comunitária. Com pouco mais de 22 mil habitantes, o município ergueu o Cristo Protetor com 100% de recursos da comunidade local — um feito que impressiona tanto pela grandiosidade quanto pelo que representa.
Com apoio do governo municipal, liderado pelo prefeito Jonas Calvi, e parceria do governo estadual na infraestrutura das vias de acesso, o projeto extrapolou o simbolismo religioso. Tornou-se motor de desenvolvimento econômico, social e turístico. A cidade agora integra a rota mundial do turismo religioso, segmento que mais cresce no mundo, segundo a Organização Mundial do Turismo.
Foram investidos cerca de R$ 50 milhões na construção da estátua, graças ao envolvimento direto da comunidade e de lideranças locais comprometidas com o futuro. Agora, toda a região começa a se reinventar: novos hotéis, restaurantes, serviços e capacitações passam a fazer parte do novo cenário, abrindo portas para uma economia aquecida e uma população mais otimista.
Esse é o Brasil real. O Brasil que dá certo. Que nasce nos municípios, floresce com liderança e coragem, e resiste à negligência de quem deveria dar exemplo lá de cima. Enquanto o governo federal se ocupa em alimentar privilégios e dividir o país com narrativas, aqui no Sul a gente constrói com fé, trabalho e propósito.
Se Brasília atrasa, os municípios aceleram.
E é daqui, do exemplo de cidades como Encantado, que pode — e deve — nascer a inspiração para um novo país.
Em 2026, que nossas escolhas reflitam esse Brasil que constrói, que une, que acredita. Porque quem planta fé e trabalho, colhe dignidade e futuro.