sex, 28 de março de 2025

Variedades Digital | 22 e 23.03.25

Resumo de 3ª feira – 25/03/2025

Edição de Chico Bruno

 

Manchetes dos jornais

 

CORREIO BRAZILIENSE – Supremo decide se Bolsonaro será réu por trama golpista

 

FOLHA DE S. PAULO – STF começa a julgar se Bolsonaro e mais 7 viram réus por tramar golpe

 

O ESTADO DE S. PAULO – Bolsonaro ataca Moraes na véspera de julgamento de denúncia pelo Supremo

 

O GLOBO – Rio vai criar regras para aluguel de imóveis por curta temporada na cidade

 

Valor Econômico – Haddad e Alkmin acreditam em surpresas benignas para a inflação

 

Destaques de primeiras páginas e fatos mais importantes

 

O destino de Bolsonaro e os sete anões – Com segurança reforçada no lado externo e maior controle de acesso ao prédio e a áreas restritas do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), a Primeira Turma, composta por cinco ministros da Corte, começa a avaliar, hoje, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os acusados de uma tentativa de golpe de Estado no país. A análise começa pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e por ex-ministros de seu governo, entre eles, vários generais, além do tenente-coronel Mauro Cid, delator. Eles integrariam o “núcleo 1”, considerado o “cérebro” e a liderança da organização. Ao todo, 34 pessoas foram denunciadas. Caso o documento da PGR seja aceito, os envolvidos toram-se réus e serão julgados pelo STF. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar ontem o ministro Alexandre de Moraes. Em entrevista ao podcast Inteligência Ltda, Bolsonaro disse que Moraes ameaçou o tenente-coronel Mauro Cid e que a delação do seu ex-ajudante de ordens foi feita “sob tortura”.

 

Regulamentar alojamento local – A Câmara Municipal do Rio inicia hoje audiências públicas para debater uma lei que regulamenta o aluguel de curto prazo de imóveis na cidade, que tem o maior mercado para a plataforma Airbnb no país. Hoje, não existe uma regra geral, e cada condomínio estabelece suas próprias regras. O tópico envolve diversos interesses e preocupações. Os moradores alegam apreensão com a segurança devido à alta rotatividade e eventual controle dos inquilinos. O setor hoteleiro está pressionando por uma regulamentação da atividade, e a prefeitura está de olho na arrecadação de impostos, atualmente arrecadados em São Paulo, onde estão localizadas as plataformas. Uma das propostas é criar um cadastro de proprietários e hóspedes.

 

Surpresas benignas – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da República em exercício e titular do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, demonstraram ontem otimismo com a possibilidade de a inflação desacelerar em 2025. Para Haddad, a safra, o câmbio e a geopolítica podem trazer surpresas benignas nesse campo já neste ano. Sobre a taxa de juros, ele ponderou que é difícil dizer algo em relação à sua evolução, mas afirmou que há “razão para otimismo”. “Vamos ter uma margem de manobra um pouco maior do que o que está sendo previsto”, disse, reiterando o compromisso do governo com a trajetória gradual do ajuste fiscal. Haddad e Alckmin participaram do “Rumos 2025”, seminário que inaugurou uma série de eventos que marcará o ano do 25º aniversário do Valor. No painel de abertura, Alckmin também citou as perspectivas positivas para os preços dos alimentos. “Estamos mais otimistas: o clima melhorou, há expectativa este ano de crescimento da safra de quase 10%. Se no ano passado a indústria ajudou elevar o PIB, este ano a agricultura vai dar um empurrão”, destacou. Ele também defendeu o debate sobre retirar alimentos e combustíveis do indicador de inflação utilizado pelo Banco Central para ajustar a Selic. “Se tenho seca forte, sobe preço do alimento. Não adianta aumentar juros que não vai fazer chover, só vou prejudicar a economia”, argumentou Alckmin, citando como exemplo a metodologia usada pelo Fed, o banco central americano.

 

 

Bolsonaro no ataque – Em entrevista, ontem, ao podcast Inteligência Ltda., Jair Bolsonaro não pareceu preocupado com a análise, hoje e amanhã, pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que pode torná-lo réu por tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente afirmou que tem “bons advogados” e que se trata de mais uma tentativa para incriminá-lo. Sobre a suposta reunião golpista citada no inquérito do gol pe, Bolsonaro afirmou que ele e alguns militares “deram uma olhada” em algumas hipóteses “do que poderia ser feito dentro da Constituição”. “Discutir hipóteses é crime? Não há problema em discutir a Constituição com quem seja. Quero saber o que é essa minuta de golpe. Por que o (ministro do STF) Alexandre de Moraes não mostra?”, cobrou.

 

Se está assim agora… – Não é apenas a nível federal que a campanha começou. No Distrito Federal, a pré-candidata à reeleição, senadora Leila Barros (PDT), chamou Ibaneis Rocha (MDB) para o ringue. À declaração do governador — “Leila não entregou muita coisa nesses oito anos de mandato” —, ela respondeu assim: “É impressionante a desinformação do nosso governador. Mas eu entendo. Ele viaja muito, não tem tempo para acompanhar as pessoas que, de fato, trabalham pelo Distrito Federal”.

 

… imagine em 2026 – A tendência é esse clima hostil entre os pré-candidatos se acirrar daqui para frente. Enquanto estiverem com as próprias declarações, tudo bem. O problema, avaliam alguns, será quando começarem a recorrer à inteligência artificial para atacar oponentes.

 

Paz nas Alagoas – Que ninguém estranhe se o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e Arthur Lira estiverem no mesmo palanque, como dobradinha ao Senado. Tem muita gente na ponte Brasil-Japão trabalhando para isso.

 

Investindo nas mulheres – Com dados do Banco Central, um estudo do Sebrae mostrou que o tíquete médio de crédito feito para as mulheres é menor, se comparado ao dos homens, e as taxas de juros praticadas são maiores. Diante desse cenário, a instituição criou o Delas Day, uma caravana que vai levar capacitação e apoio às empreendedoras. O Fundo de Amparo a Micro e Pequena Empresa (Fampe) custeará 100% das garantias exigidas para a concessão de empréstimos para elas, quando o normal de custeio é de 80%. A caravana começará por Campo Grande (MS), na quinta-feira.

 

IA na política – O Cidadania lança, hoje, um vídeo de 30 segundos em que todo o conteúdo foi feito, roteirizado, animado e finalizado com inteligência artificial, inclusive, os personagens. A peça publicitária marcará o lançamento do novo slogan: “Cidadania, o partido do bem”. Vai dar o que falar.

 

Mais homenagens – O ex-presidente José Sarney será homenageado, hoje, com o título de cidadão honorário de Brasília, iniciativa do presidente da Câmara Legislativa, deputado Wellington Luiz. Será a quarta homenagem ao ex-presidente em 10 dias, neste mês marcado pelos 40 anos da volta ao Brasil à normalidade democrática.

 

Frente nova por aqui – A Frente Parlamentar de Apoio à Cibersegurança e à Defesa Cibernética será lançada, hoje, no Senado. Tem por objetivo fomentar o debate sobre como o Brasil pode tornar-se referência em segurança digital. Também quer incentivar o diálogo entre os Três Poderes, a iniciativa privada e a sociedade civil para promover avanços na segurança cibernética. O presidente da frente será o senador Espiridião Amin (PP-SC).

 

A parte de Lula nos latifúndios partidários – Além dos motivos óbvios para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva colocar em sua comitiva que está no Japão os atuais presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e os antecessores de ambos — Arthur Lira (PP-AL e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respectivamente —, tem o fato de o petista desejar, desde já, criar pontes sólidas com as agremiações de cada um deles rumo a 2026. Eles são peças importantes dos quatro partidos de centro. No PT, há quem diga que se Lula quer o apoio de, pelo menos, parte dessas legendas, é preciso afagos a seus pesos-pesados antes do ano eleitoral. A aposta no PT é de que, com Jair Bolsonaro prestes a se tornar réu por tentativa de golpe de Estado, basta o governo subir um pouquinho mais sua popularidade para melhorar seu poder de atrair parlamentares, em prol da reeleição de Lula. Nesse sentido, a viagem, justamente nos dias do julgamento do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF), veio a calhar.

 

Caso Zambelli: ministro pede vista O ministro Kássio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista, ontem, no julgamento que pode resultar na perda do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Ele terá 90 dias para apresentar uma posição sobre o processo. Até agora, o placar da Corte está 5 x 0 pela condenação da parlamentar — que às vésperas do segundo turno da eleição de 2022 perseguiu, armada, um homem que lhe f izera uma provocação política, em uma rua dos Jardins, região nobre de São Paulo. Votaram contrariamente à deputada os ministros Cristiano Zanin, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes e Flávio Dino.

 

Preso há um ano por ser apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) recebeu R$ 158,3 mil (uma média de R$ 13,2 mil por mês) em salários da Câmara desde que foi preso, em 24 de março de 2024. Com vencimento bruto de R$ 44 mil no ano passado, o parlamentar não conseguiu justificar as ausências nas sessões da Casa (está preso) e viu seu contracheque minguar: chegou a receber apenas R$ 4,7 mil, em dezembro, depois dos descontos por faltas, previdência e Imposto de Renda. Em 2025, seu salário bruto aumentou para R$ 46 mil, mas os descontos permanecem. Mesmo sem pisar na Câmara há um ano, Brazão tem também uma equipe de assessores que custou mensalmente cerca de R$ 125 mil por mês em 2024. Das 30 pessoas do gabinete, 25 foram nomeadas em 1º de fevereiro do ano passado, com salários de R$ 1,7 mil a R$ 12,6 mil. Atualmente, há 24 assessores ativos no gabinete. Sem estar, de fato, na Câmara, Brazão deixou de utilizar a cota parlamentar, específica para bancar gastos correntes do mandato, como passagens aéreas. O deputado tem, ainda, um imóvel funcional em Brasília, que ocupa desde fevereiro de 2024. Apesar de preso, Brazão conseguiu enviar aos seus redutos eleitorais R$ 16,2 milhões em emendas parlamentares. Em 2024, o deputado, que trabalhou menos de dois meses antes de ser encarcerado, solicitou, ao todo, R$ 37,9 milhões em emendas para o Rio de Janeiro. A maior parte do valor, porém, foi bloqueada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que paralisou os repasses por falta de transparência. O Correio fez contato com o gabinete de Brazão e com a defesa do parlamentar. Mas, até o fechamento desta edição, não obteve resposta.

 

Animação golpista – A decisão do ministro Luiz Fux, do STF, de pedir vista no julgamento de Débora Rodrigues dos Santos, que pichou a estátua da Justiça no quebra-quebra de 8 de janeiro de 2023, animou a defesa dos denunciados na suposta trama golpista. Antes mesmo de Fux ter paralisado o processo contra Débora, já havia uma expectativa entre advogados de que ele poderia ser uma voz dissonante na Primeira Turma —não a ponto de rejeitar a denúncia contra Jair Bolsonaro e seu núcleo mais próximo, mas ao menos de fazer reparos a alguns pontos da versão apresentada pela Procuradoria-Geral da República. Fux é visto pela defesa de acusados como a única voz capaz de contraditar o relator do processo, Alexandre de Moraes. Flávio Dino e Cristiano Zanin são considerados aliados naturais de Moraes, enquanto Cármen Lúcia teria comportamento enigmático. Um dos pontos em que Fux poderia oferecer uma posição alternativa seria com relação à ligação da trama golpista com os ataques do 8 de janeiro. Mesmo se ele ficar em minoria, apenas o fato de não haver unanimidade entre os ministros sobre todos os pontos da denúncia teria efeito simbólico importante.

 

No rastro de Janja – A Advocacia Geral da União (AGU) está a elaborar um parecer que prevê os limites da atuação do cônjuge do Presidente da República nas situações em que esta atue como representante simbólico do chefe de Estado e de Governo em eventos nacionais e internacionais. O documento está sendo elaborado por determinação do Palácio do Planalto em meio a contestações da oposição sobre a atuação da primeira-dama, Janja da Silva. O documento será divulgado na semana em que Janja irá a Paris para representar Lula na Cúpula Nutrição para o Crescimento, entre amanhã e domingo. O presidente nomeou a primeira-dama para participar do evento a convite do governo francês.

 

Caiado pressionado – Em meio à negociação para a criação de uma superfederação entre PP e União Brasil, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, tem sido pressionado a suspender o evento de lançamento de sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto. A informação foi divulgada inicialmente pelo Portal Metrópole e confirmada ao GLOBO por interlocutores da União, que inclusive garantem o adiamento. O evento para a entrada de Caiado na corrida pelo Planalto estava marcado para o dia 4 de abril, em Salvador. Aliados dizem que ele ainda viajará para a capital baiana, onde receberá o título de cidadão honorário, mas que a formalização de sua pré-candidatura ainda não tem data para ocorrer. O governador, por sua vez, nega o cancelamento do evento.

Na minha agenda

Em Porto Alegre, tenho reunião com lideranças empresariais ( Conselho de Presidentes ) para debater: “ Como os investidores internacionais veem as empresas e o Brasil”

Em Caxias do Sul, reúno com o Prefeito Adiló Didomenico e com o Vice- Prefeito Edson Néspolo

Nota Oficial do Líder da Oposição – Prisão domiciliar para Débora Rodrigues

  A concessão da prisão domiciliar a Débora Rodrigues é uma vitória do clamor popular e da mobilização das redes sociais, que foram fundamentais para que ela possa, finalmente, ver sua família. No entanto, ainda há muito sofrimento e injustiça. Centenas de brasileiros seguem presos injustamente, e essa luta não pode parar. O batom, que se tornou um símbolo da

Contratos agrários: a mudança é essencial para o futuro do agronegócio

  O agronegócio brasileiro é um dos setores mais dinâmicos e estratégicos da economia nacional, responsável por garantir segurança alimentar, gerar empregos e impulsionar as exportações. No entanto, para que o setor continue crescendo de forma sustentável, é essencial que suas bases jurídicas estejam bem definidas, proporcionando segurança para produtores, investidores e demais agentes da cadeia produtiva. É nesse contexto