O Dia Internacional da Mulher é um marco de luta por direitos, equidade e reconhecimento do papel feminino na sociedade. A história das mulheres é tecida por desafios e conquistas que transformaram estruturas sociais, políticas e culturais. No Brasil, nomes como Nise da Silveira, Eunice Paiva e tantas outras mulheres inspiram gerações com sua coragem e determinação.
Nise da Silveira, pioneira na psiquiatria, revolucionou o tratamento de pessoas com transtornos mentais ao rejeitar práticas violentas, como os eletrochoques, e introduzir a arte como forma de expressão e cura. Seu trabalho rompeu paradigmas e humanizou a saúde mental no Brasil.
Já Eunice Paiva, advogada e defensora dos direitos indígenas, teve sua trajetória marcada pela resistência durante a ditadura militar. Sua história foi recentemente retratada no filme Ainda Estou Aqui, destacando sua incansável luta pela justiça e pelos direitos humanos.
Além delas, muitas outras mulheres brasileiras desafiaram barreiras. Bertha Lutz foi essencial na conquista do voto feminino, Carolina Maria de Jesus rompeu o ciclo da pobreza com sua literatura potente e Maria da Penha transformou sua dor em força, resultando na criação da lei que protege mulheres da violência doméstica.
Cada avanço na história das mulheres foi conquistado com luta, e o Dia da Mulher é um lembrete de que ainda há desafios a serem superados. Mas há uma certeza: somos mais fortes quando estamos unidas. A sororidade transforma realidades, impulsiona mudanças e fortalece a caminhada de todas.
No entanto, também precisamos lembrar que não temos que suportar tudo sozinhas. A força feminina não está na exaustão, mas na capacidade de reconhecer quando é hora de cuidar de si. Se não estivermos bem, sempre existe a terapia como um espaço de acolhimento e reconstrução. Como psicóloga, reforço: pedir ajuda não é fraqueza, é um ato de amor próprio.
Texto escrito por: Cinthya Sapundllieff
Psicóloga e Perita forense
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