Janja continua agindo como se fosse o Chefe de Estado brasileiro, e vai representar o Brasil no exterior como se não tivéssemos uma Constituição. O roteiro agora é pela Itália, onde a primeira-dama pretende discutir a fome no mundo.
Chega a ser irônico: gasta em hotéis de luxo e come nos melhores restaurantes, tudo de forma sigilosa. Quantas crianças poderiam ter sido alimentadas só com essa viagem? Quantas cestas básicas poderiam ter sido compradas com os milhões de reais gastos pela primeira-dama desde o início do mandato?
Podemos fazer uma estimativa com os pouquíssimos dados que a mídia conseguiu investigar até hoje, apesar dos sigilos a sete chaves que o Palácio do Planalto coloca sobre os gastos de Janja. Temos apurado que a “assessoria de Janja” custa R$ 160 mil/mês (Estadão, dezembro/2024); já sua viagem ao Catar custou R$ 283,3 mil (Terra, setembro/2024), enquanto a viagem a Paris nas Olimpíadas custou R$ 236 mil (Poder360, setembro/2024), quando substituiu o Presidente e o Vice-Presidente da República de modo ilegal. Sabemos também de gastos com hospedagem e diárias de Janja que foram compartilhados com Lula, estimando que a primeira-dama custou pelo menos a metade do divulgado; por exemplo, pode-se considerar: a viagem à Índia como R$ 1 milhão (Oeste, setembro/2023) e a hospedagem em hotel de luxo em Brasília como R$ 108 mil (CNN, janeiro/2023).
Assumindo o valor de uma cesta básica como sendo R$ 800,00, o custo mensal mínimo da “assessoria de Janja” é de 200 cestas básicas. Do início do governo até hoje, ao menos 5 mil cestas básicas poderiam ter sido adquiridas e distribuídas, não fossem os gastos pessoais de Janja. O tempo médio de trabalho para o brasileiro adquirir uma cesta básica hoje é de 116 horas, ou seja, só o “gabinete de Janja” exige mais de 23 mil horas de trabalho mensal dos mais pobres apenas para sustentar a primeira-dama nas redes sociais.
Se utilizarmos apenas os custos conservadores indicados acima, excluindo alguns daqueles incluídos no “Janjômetro”, criado pelo Deputado Estadual Guto Zacarias (UNIÃO-SP), já conseguimos concluir que Janja custou, até hoje, pelo menos 6.740 cestas básicas e mais de 780 mil horas de trabalho dos mais pobres. É uma verdadeira aristocracia que está sendo custeada pelas pessoas de baixa renda “em nome do amor”. Imaginem o que não vamos descobrir quando quebrarmos o sigilo?
Enquanto isso, os brasileiros experimentam a volta da inflação e aumento do custo de vida, sendo orientados pelo presidente da República a não comprar os produtos que estão caros no supermercado. Parece aqueles roteiros de monarquia, onde rei e rainha ignoram solenemente a miséria do povo.
O mais revoltante é que governo federal contrata ONGs ligadas a petistas que não entregam refeições que deveriam chegar aos milhares de famintos. O PT está desviando até o dinheiro das quentinhas. Um escândalo de embrulhar o estômago. Não somos obrigados a engolir Janja debatendo a fome em Roma.
Deputado Federal Luciano Zucco (PL-RS)
Líder da oposição na Câmara dos Deputados
