Mercados em queda às 6h10 de Brasília: S&P -0.18%, Dow Jones -0.22%, Nasdaq -0.06% e o índice europeu STOXX600 -0.35%.
Valor – China reage a Trump e aplica tarifas de até 15% sobre produtos dos EUA
👉 A Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado informou nesta terça-feira (4) que aplicará uma tarifa de 15% sobre o carvão e o gás natural liquefeito dos EUA, além de tarifas de 10% sobre petróleo bruto, maquinário agrícola, veículos de grande cilindrada e caminhonetes.
👉 O Ministério do Comércio também anunciou que, a partir de hoje, o país implementará controles de exportação sobre produtos que contêm tungstênio, telúrio, bismuto, molibdênio e índio.
🇺🇸 EUA vs 🇨🇦 CANADÁ: O primeiro-ministro canadense Justin Trudeau anunciou em uma publicação na rede social X na noite de ontem que Trump concordou em interromper a implementação de tarifas contra o Canadá por pelo menos 30 dias.
🇺🇸 TAXA DE 10 ANOS: O rendimento do título de 10 anos caiu 3 pontos-base, para 4,535%, enquanto o rendimento do título de 2 anos subiu 2 pontos-base, para 4,255%.
🇧🇷 JUROS & CÂMBIO: O anúncio de que Trump atrasará a imposição de tarifas ao México em um mês impulsionou ativos emergentes. O real apreciou 0,4%, a R$ 5,82, enquanto a taxa de 10 anos caiu 27 bps, para 14,35%, e a NTN-B longa recuou 4 bps, pagando inflação + 7,48%.
Folha – Congelamento de despesas é teste para Haddad dar choque de credibilidade fiscal
Mesmo antes da votação do Orçamento de 2025, a área econômica tem sido aconselhada a começar o ano com um aperto maior, mirando o centro da meta de déficit zero. Economistas projetam contingenciamento de R$ 30 bi a R$ 35 bi.
O Globo – Governo busca aproximação com nova cúpula do Congresso, que reafirma posição de independência nas emendas
Lula recebeu ontem os presidentes eleitos da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, para tentar uma aproximação. Alcolumbre disse que apoiará a agenda do governo, enquanto Motta citou a necessidade de “convergência”. Também houve alinhamento em relação à “responsabilidade fiscal”.
Poder360 – Lula sinaliza destravar Margem Equatorial a Davi Alcolumbre
A promessa é dar continuidade à licença ambiental do Ibama para liberar a pesquisa de petróleo na região da costa do Amapá.
Valor – Produção cai, mas Petrobras cumpre metas
A companhia informou que a produção de petróleo, líquido de gás natural (LGN) e gás natural no ano passado somou 2,66 milhões de barris de óleo equivalente, queda de 3,1% em relação a 2023.
Estadão – Bancos dizem a Lula que, sem teto de juros no consignado privado, podem atuar sem garantia do FGTS
Os bancos temem que o governo siga o mesmo modelo do consignado para aposentados do INSS e servidores públicos, que hoje tem um teto de juros de 1,8% ao mês.
Valor – Programas de recompra de ações disparam em 2024
Foram 101 programas de recompra de ações no ano passado, quase o triplo dos 35 comunicados do gênero feitos à CVM em 2023, marcando o maior volume desde 2013.
Valor – Estudo aponta Brasil como líder potencial da transição energética
Segundo a Universidade Johns Hopkins, dos EUA, o Brasil possui vantagens competitivas para desenvolver uma potente “indústria verde” até 2050 em sete áreas: minerais estratégicos, baterias, veículos elétricos híbridos com biocombustíveis, combustíveis sustentáveis para aviação, produção de equipamentos para energia eólica, aço com baixo carbono e fertilizantes verdes.
Manchetes dos jornais
Valor Econômico – Trump suspende tarifas sobre México e Canadá por 30 dias
FOLHA DE S.PAULO – Trump suspende tarifas sobre México e Canadá por um mês
O GLOBO – Trump recua e faz acordo para suspender tributos Canadá e México
O ESTADO DE S.PAULO – Canadá e México indicam reforço na fronteira e Trump adia tarifaço
CORREIO BRAZILIENSE – Congresso e STF marcam limites entre os Poderes
Destaques de primeiras páginas e fatos mais importantes
Tigre de papel? – O presidente Donald Trump prometeu centenas de bilhões em tarifas para remodelar a economia global e atingir até mesmo seus vizinhos mais próximos. Mas, até agora, tem sido mais “A Arte da Negociação” do que uma revolução. Nesta segunda-feira, Trump adiou os planos de tarifas abrangentes sobre o Canadá e o México, após fazer o mesmo com a Colômbia na semana anterior. Em cada caso, Trump cedeu, apesar dos países prometerem apenas mudanças modestas em segurança nas fronteiras e imigração. Trump e seus aliados apresentaram essas concessões como uma validação de sua abordagem. Mas a disposição do presidente dos EUA – pelo menos por enquanto – de adiar as tarifas destacou as dúvidas sobre se Trump, que é obcecado por desempenho de mercado, poderia mais uma vez se mostrar um “tigre de papel” em suas ameaças comerciais mais intensas. Ainda assim, a incerteza persiste: Trump não anunciou uma pausa nas tarifas sobre a China, que têm mais apoio em seu partido, antes de uma ligação planejada com o presidente Xi Jinping ainda esta semana. Ele também prometeu tarifas sobre a UE em setores-chave.
Demarcando terreno – Na abertura do ano político em Brasília, chefes de Poderes da República deixaram claro que pretendem exercer seus papéis. O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP/ao centro), disse ser “essencial que cada Poder respeite suas funções e limites”. “O Congresso tem sua autonomia e suas prerrogativas”, complementou, em uma referência às emendas parlamentares. Mais cedo, no Supremo Tribunal Federal, o presidente da Corte, ministro Luis Roberto Barroso, lembrou que as democracias reservam uma parcela de poder a agentes públicos não eleitos, “para que permaneçam imunes às paixões de momento.”
Lula bate Tarcísio, Gusttavo Lima, Eduardo Bolsonaro e Marçal – O atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, venceria todos os candidatos da oposição em primeiro e segundo turnos caso a eleição fosse hoje. É o que mostra a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira (3). A pesquisa faz parte do levantamento divulgado na semana passada, que mostrou que pela primeira vez a reprovação do governo Lula foi maior que a aprovação. Foram traçados quatro cenários para o primeiro turno e seis para o segundo na pesquisa estimulada. No primeiro turno, a Quaest listou oito candidatos: Lula; o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); Gusttavo Lima; o influenciador Pablo Marçal (PRTB); Eduardo Bolsonaro (PL); o ex-ministro Ciro Gomes (PDT); o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União). No primeiro turno, Lula venceu nos quatro cenários, com percentuais que variaram entre 28% e 33%. Os cenários para segundo turno mostram que Lula venceria em todos os casos se a eleição fosse hoje. As citações de voto ao presidente variam de 41% a 45% e a diferença para os adversários oscila entre 6 e 10 pontos percentuais. A pesquisa foi realizada entre os dias 21 e 23 de janeiro, e ouviu presencialmente 4.500 brasileiros de 16 anos ou mais. A margem de erro é de 1 ponto percentual.
Quaest e Lula – Ainda que a pesquisa Quaest desta semana aponte o presidente Lula liderando todos os cenários da disputa de 2026, a alta rejeição preocupa, e muito. A avaliação é de que ninguém com 49% de rejeição conseguirá vencer. É parte desse público que o governo precisa conquistar este ano.
Quaest e a oposição – Jair Bolsonaro aparece com 53% de rejeição, e o cantor Gusttavo Lima, com 50%. A preços de hoje, a vida dos governadores pré-candidatos ao Planalto está muito melhor. Tarcísio de Freitas, de São Paulo, e Ratinho Júnior, do Paraná, têm 32% de rejeição. Romeu Zema, 23%, e Ronaldo Caiado, 21%
Nos discursos, apoio à agenda do governo – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Congresso não terá dificuldade em lidar com o Executivo. A declaração foi dada após reunião com os novos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), eleitos no sábado. Em contrapartida, ele ouviu dos dois líderes que haverá sintonia para avalizar as pautas do Planalto. Motta complementou que a Câmara estará à disposição para construir uma “pauta positiva para o Brasil”. Alcolumbre adotou a mesma linha do colega de Parlamento.
Guerra dos bonés – A sessão no Congresso foi marcada por uma guerra dos bonés, entre oposição e apoia dores do governo. Do lado favorável ao Palácio do Planalto, usaram o item com a frase: “O Brasil é dos brasileiros”, em alusão ao famoso chapéu vermelho do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que di zia Make America great again”. A ideia do slogan teria sido do ministro da Secretaria de Comunicação Social do governo, Sidônio Palmeira, como uma res posta silenciosa a parlamentares bolsonaristas que usam o boné do líder republicano. Já parlamentares da oposição exibiam bonés com a frase “Comida barata novamente. Bolsonaro 2026”. Eles também gritavam: “Lula, cadê você? O povo tem fome e não tem o que comer”. O grupo também mostrou embalagens de picanha com imagem do rosto do ex-presidente, classificando o produto como “black”, termo usado para cortes bovinos de alta qualidade. Já a imagem de Lula estampava uma embalagem de café com a escrita “nem picanha, nem café”, em referência aos preços elevados dos dois itens.
Assim não dá – Defensor do fim da polarização política, o líder do PP, Doutor Luizinho (RJ), saiu do plenário com a certeza de que o início foi preocupante. “Não dá para começar com essa guerra de bonés.”
…, mas vai rolar – O embate dos bonés, aliás, foi visto como saudável pelos parlamentares que defendem que a violência deve acabar. “Se eles querem usar boné, nós também usaremos. Faz parte. Quem vai ganhar com isso são as fábricas de bonés”, brincou o senador Jaques Wagner (PT-BA), que exibia um boné amarelo, com a inscrição “O Brasil é dos brasileiros”.
A nova onda das MPs – O primeiro grande teste da boa relação entre o novo presidente da Câmara, Hugo Motta, e o do Senado, Davi Alcolumbre, está posto: é levar deputados e senadores de volta às comissões mistas das medidas provisórias, algo que não ocorreu na gestão anterior. Para este início de ano, há 32 em tramitação, sendo 25 paradas na coordenação das comissões mistas.
Enquanto isso, no STF… – A depender do ânimo dos ministros do Supremo Tribunal Federal, é lá que haverá a última palavra sobre a anistia aos envolvidos no 8 de janeiro. É que qualquer projeto que seja aprovado pode ter a constitucionalidade questionada na Suprema Corte.
Um gesto dúbio – O ex-presidente Jair Bolsonaro chegou de surpresa a uma reunião do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, com prefeitos de municípios afetados pelas chuvas. Um grupo avaliou que Bolsonaro foi dar respaldo ao seu ex-ministro de Infraestrutura. Já para outra ala, menos afeita ao bolsonarismo, o ex-presidente foi até lá para deixar claro quem é detentor dos votos que elegeram Tarcísio governador.
O que ele quer – O ex-presidente Jair Bolsonaro quer ver Tarcísio candidato à reeleição em São Paulo. Os mais fiéis escudeiros do bolsonarismo garantem que o ex-chefe do Executivo está convencido da necessidade de ter “Bolsonaro 22” na urna e na campanha de 2026. E os aliados dele dizem que Bolsonaro tem mencionado que o nome para isso, a preços de hoje, é o do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
E José Mucio vai ficando – A última conversa entre o presidente Lula e o ministro de Defesa, José Mucio Monteiro, terminou com a permanência do ex-deputado pernambucano no cargo. A seara militar é delicada. José Mucio dispõe do talento, da capacidade de ouvir e de construir consensos de que a função precisa. Por mais que alguns queiram fazer intrigas entre ele e os petistas, Mucio fica e não sai tão cedo. Resolvida a área da Defesa, o presidente vai se dedicar a ver como ficará a política no Palácio do Planalto. O presidente considera que os resultados no Congresso foram satisfatórios nesses dois anos de Alexandre Padilha no cargo de ministro de Relações Institucionais, embora tenha havido atritos com o então presidente da Câmara, Arthur Lira. Agora, ainda que a relação com Hugo Motta seja melhor, é preciso colocar ali um ministro com novo fôlego, rumo a 2026. Pelo menos, essa é a tendência do presidente Lula. A discussão da reforma ministerial seguirá paralelamente às emendas, que estão num impasse que precisa ser resolvido antes do carnaval. O Orçamento de 2025, que ainda não foi votado, só deve ser apreciado em março. Sinal de que os ministros confirmados, no caso de José Mucio, têm tempo para tentar segurar mais emendas para seus ministérios.
Sem vez a inimigo da democracia – No discurso de abertura do ano do Judiciário, o ministro Luís Roberto Bar roso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), destacou a necessidade de atuar pela defesa da democracia, conclamou a união entre os Poderes e exortou um esforço pelos direitos sociais. O magistrado foi en fático ao dizer que não há lugar, no Brasil, para quem “não aceita a democracia”. O ministro lembrou os atentados de 8 de janeiro de 2023, quando o plenário do STF foi invadido e depredado por extremistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Aqui no plenário que foi invadido, inundado, depredado, celebramos a força das instituições e a volta do país a vitalidade plena. Não há pensamento único no país, pois isso é coisa de ditadura. Temos lugar para todos. Só não temos lugar para quem não aceita a democracia”, enfatizou.
Processo arquivado O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou ontem um pedido para que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fosse investigado no inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado ocorrida em 2022 — logo depois da derrota de Jair Bolsonaro nas urnas para Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com a Polícia Federal (PF), Tarcísio esteve no Palácio da Alvorada no mesmo dia em que a minuta golpista circulou entre os aliados do ex-presidente, após o segundo turno do pleito. O pedido para a inclusão de Tarcísio no inquérito foi realizado pela Bancada Feminista do PSol, mandato coletivo da sigla na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Moraes declarou ter acolhido o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que considerou não haver elementos que indicassem a participação de Tarcísio na reunião de discussão da minuta. O procurador-geral Paulo Gonet se manifestou contra a inclusão do governador no inquérito, no mês passado.
Motta tem obrigação de pautar anistia a 8/1 – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem a obrigação de pautar o projeto de anistia aos presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro, afirma o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM). Em entrevista a veículos de imprensa da Paraíba no domingo (2), Motta afirmou que o tema seria “com certeza” levado a discussão para os líderes da Câmara e que seria tratado com imparcialidade. “A obrigação dele é pautar. Ele não tem a obrigação de comprar essa briga, de aprovar”, diz Alberto Neto. “Mas que ele paute para a gente fazer a articulação necessária para conseguir aprovar”, complementa o deputado, que argumenta que o projeto é importante para a oposição. Alberto Neto avalia que, caso o projeto seja pautado, haveria votos para aprová-lo, por se tratar de um Congresso de centro-direita. Segundo ele, um dos motivos para isso é que o STF (Supremo Tribunal Federal) “perdeu a mão” nas condenações.
Chico questiona Gonet – Ao final da sessão de abertura do ano legislativo nesta segunda-feira (3) no Congresso Nacional, o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) tentou arrancar do procurador-geral da República, Paulo Gonet, alguma previsão de quando pretende oferecer a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados no inquérito da suposta trama golpista. Ao perceber que o procurador não havia cantado o Hino Nacional, Alencar brincou que ele era tão discreto que não abria a boca nem para isso. “Se eu cantasse seria um atentado aos símbolos nacionais. Sou ultradesafinado”, disse Gonet, bem-humorado. Sobre a denúncia, disse apenas “vamos ver”.
Petróleo no Amazonas – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se comprometeu com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), a destravar a proibição de pesquisas na região da Foz do Amazonas, que integra a Margem Equatorial, como informou o colunista Lauro Jardim, do GLOBO. O petista recebeu Alcolumbre e o presidente eleito da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), expôs as prioridades do governo e, pela primeira vez, fez uma promessa deixando explícito que a exploração é uma decisão que será anunciada no curto prazo. O tema enfrenta a resistência de ambientalistas e da ministra Marina Silva (Meio Ambiente) e divide alas de o próprio governo às vésperas do país sediar a COP-30, em novembro. Estima-se que na Margem Equatorial, que se estende por mais de 2,2 mil km, do Rio Grande do Norte até o Amapá, estado de Alcolumbre, existam reservas de 30 bilhões de barris de petróleo. O tema é defendido por Alcolumbre e por outros representantes do estado no Congresso, como o próprio líder do governo, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), que desejam seguir com a exploração em benefício do estado. A região é uma aposta da Petrobras para a produção de petróleo e gás em meio a grandes descobertas de reservas na Guiana e Suriname, próximos ao norte do Brasil.
Governo negocia vaga para Pacheco virar ministro – Articuladores políticos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estão encarregados de costurar a entrada do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no governo. No sábado, data em que o parlamentar deixou o comando do Congresso, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), avisou Pacheco que gostaria de conversar com ele nos próximos dias sobre espaços na Esplanada dos Ministérios. Aliados do agora ex-presidente do Senado tem expectativa de que definições sobre qual pasta o parlamentar irá ocupar podem ocorrer até sexta-feira, período em Pacheco ainda estará em Brasília. A partir da próxima semana, o senador vai tirar 15 dias de férias, somados ao feriado de Carnaval. O espaço mais citado reservadamente é o Ministério de Indústria e Comércio, atualmente ocupado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. A ala do governo que é entusiasta da ideia aponta que o parlamentar poderia ser uma ponte entre Lula e o empresariado mineiro, que atualmente orbita em torno do governador Romeu Zema (Novo). O nome de Pacheco também é lembrado para os ministérios da Justiça e Ciência e Tecnologia.
Janja divulga agenda após críticas sobre sigilo – A primeira-dama Janja da Silva divulgou nas suas redes sociais sua agenda para esta segunda-feira, após críticas de falta de transparência sobre seus compromissos no Palácio do Planalto. Como mostrou a coluna de Malu Gaspar, o governo tem escondido dados de interesse público sobre a agenda da primeira-dama. A partir de agora, de acordo com sua equipe, a divulgação de agenda deve ser diária. Pela rede social, Janja informou que irá, às 14h, a sessão solene de abertura do ano do judiciário. O presidente Lula também estará neste evento. E às 16h, receberá o ministro de Desenvolvimento Social, Wellington Dias para tratar da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza.
Barroso envia a Nunes Marques investigação sobre ‘Rei do Lixo’ – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, decidiu nesta segunda-feira enviar a investigação sobre o empresário José Marcos de Moura, conhecido como ‘Rei do Lixo’, ao ministro Nunes Marques. A apuração mira uma suposta organização criminosa que seria especializada em desviar dinheiro de emendas parlamentares. Há duas semanas, a Polícia Federal (PF) apresentou à Corte o segundo pedido para que o ministro Flávio Dino fosse o relator do inquérito da chamada Operação Overclean. Barroso seguiu o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que na última sexta-feira se manifestou contra a prevenção de Dino para o caso. Quando o caso foi enviado ao STF no início de janeiro, a PF havia pedido que o caso fosse tocado por Dino, por considerar que havia a chamada “prevenção” do ministro nas investigações que dizem respeito às emendas parlamentares. No entanto, ao analisar o pedido, o presidente em exercício da Corte, Edson Fachin, entendeu que não era o caso de prevenção e determinou que a investigação fosse sorteada por livre distribuição – e Nunes Marques virou relator. Agora, Barroso afirma que “não há razão jurídica ou íntima correlação fática que justifique a distribuição” por prevenção para Dino.
Recorde brasileiro em Portugal – Os brasileiros residentes em Portugal foram responsáveis pela maior contribuição estrangeira à Segurança (Previdência) Social do país em 2024. Números enviados ao GLOBO pelo Ministério do Trabalho revelam o pagamento recorde feito pelos brasileiros no último ano: € 1,3 bilhão, cerca de R$ 7,8 bilhões. A quantia expõe a disparada das contribuições de trabalhadores do Brasil em Portugal desde 2021. Naquele ano, o total foi de € 465 mil (R$ 2,8 milhões). É um aumento de 195% em quatro anos. Em 2024, o Brasil é pela quarta vez o país de origem dos trabalhadores que mais contribuem e ajudam a Previdência portuguesa a bater recorde entre os estrangeiros.
Governo vai redesenhar Orçamento de 2025 antes de votação – O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que a Junta de Execução Orçamentária (JEO) do governo irá “redesenhar” o Orçamento de 2025 antes da votação no Congresso Nacional. Segundo o ministro, os ajustes terão foco no impacto das medidas de ajuste fiscal aprovadas em dezembro. Apesar de o ministro falar em redesenhar o Orçamento, o governo pode dar apenas sugestões, já que o parecer final da peça orçamentária cabe ao relator do projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA), o senador Angelo Coronel (PSD). Após a fala de Padilha, o relator afirmou que está “aguardando o convite do governo” para acertar as mudanças necessárias no Orçamento. — Quero finalizar essa discussão neste mês, para votarmos o orçamento na primeira sessão do Congresso, no início de março — afirmou.