Valor Econômico – Haddad descarta concessão de subsídio para tentar reduzir preço dos alimentos
FOLHA DE S.PAULO – Trump pede petróleo mais barato e afirma que exigirá redução imediata de juros
O GLOBO – Restrição a imigrantes deflagra a 1ª batalha jurídica da nova era Trump
O ESTADO DE S.PAULO – Instituições financeiras veem economia mais fraca e possível recessão à frente
CORREIO BRAZILIENSE – O cinema que faz história
Destaques de primeiras páginas e fatos mais importantes
Correndo atrás – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, descartou que o governo esteja estudando subsídios ou redução de tributos para baratear o preço dos alimentos. Ele disse que a opção estudada é melhorar a portabilidade do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). A queda do dólar e a safra em 2025 também devem ajudar na redução dos preços. Ele disse que as projeções da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda indicam que haverá uma “grande safra” em 2025, o que ajudará a reduzir o preço dos alimentos. O governo descarta usar importações e abrandar regras de vencimento de produtos para combater a inflação de alimentos, disse uma fonte ao Valor nesta quinta-feira. Tampouco haverá medidas com grande impacto orçamentário, de acordo com esse interlocutor do governo.
Bravateiro – Donald Trump pediu à Opep que reduza os preços globais do petróleo e insistiu que os bancos centrais ao redor do mundo reduzam as taxas de juros “imediatamente” depois. Em um discurso para executivos em Davos na quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos instou a Arábia Saudita e outros produtores a reduzirem o custo do petróleo bruto, expressando descontentamento por não terem feito isso antes. “Vou pedir à Arábia Saudita e à Opep que reduzam o custo do petróleo. Vocês têm que baixar. O que, francamente, me surpreende que não tenham feito antes da eleição”, disse ele. “Agora o preço está alto o suficiente para que essa guerra continue”, disse ele, referindo-se à invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia. “Vocês têm que baixar o preço do petróleo, isso acabará com essa guerra. Vocês poderiam acabar com essa guerra”, acrescentou. Trump, afirmou, ainda, que exigirá uma redução imediata da taxa de juros e que outros países deveriam seguir o exemplo. Este foi seu primeiro ataque direto à política monetária do Fed (Federal Reserve), o banco central americano, desde que reassumiu o cargo nesta semana. “Com a queda dos preços do petróleo, exigirei que a taxa de juros caia imediatamente e, da mesma forma, elas deveriam cair no mundo todo”, disse Trump em seu discurso no Fórum Econômico Mundial, em Davos. Mais tarde, Trump afirmou que espera que a instituição o escute. A declaração, que segundo economistas levanta novas incertezas, ocorre na semana anterior à primeira reunião do Fed do ano e de seu novo governo. As expectativas do mercado é de que haja uma manutenção da taxa de referência, hoje entre 4,25% e 4,5% ao ano.
Primeiro revés – Um juiz de Seattle suspendeu temporariamente nesta quinta-feira o decreto do presidente dos EUA, Donald Trump, que proibia o direito à cidadania para filhos de mães imigrantes em situação irregular ou com visto de permanência temporário, como estudantes e turistas, se o pai não for cidadão americano ou tiver visto de residência permanente. A decisão representa o primeiro revés de Trump na Justiça desde que retornou à Casa Branca, na segunda-feira, e ocorre após 22 estados entrarem com processos contra a medida, assinada um dia após a sua posse. Para muitos juristas, o decreto de Trump fere a 14ª Emenda da Constituição, que garante o chamado jus soli (“direito de solo”), ou seja, o acesso à cidadania aos nascidos em um território, independentemente da nacionalidade dos seus pais. O entendimento é comum em diversos países nas Américas, como o Brasil, e contrasta com o jus sanguinis (“direito de sangue”), frequente em nações europeias como a Itália, por exemplo, que permite a cidadania sob o critério da ascendência. No texto original da lei, “todas as pessoas nascidas ou naturalizadas nos Estados Unidos, e sujeitas à sua jurisdição, são cidadãos dos Estados Unidos e do estado em que residem”. Na interpretação da ala mais à direita do Partido Republicano, porém, imigrantes com status irregular ou com visto temporário não estariam sob jurisdição do país e, portanto, seus filhos não poderiam obter cidadania.
Quiromancia – Divulgados desde as últimas semanas de 2024, indicadores mais fracos de varejo, serviços, criação de empregos e produção industrial sinalizam que a atividade econômica no País perde força e instituições financeiras começam a trabalhar com a possibilidade de recessão técnica – quando há contração em dois trimestres consecutivos. Embora não seja consenso entre analistas, pelo menos seis instituições projetam esse cenário: Bradesco, Ativa Investimentos, Monte Bravo, Nova Futura, Tendências e BV. A perspectiva de 2025 fechar com uma taxa básica de juros de 15% para tentar conter a inflação também é um dos fatores levados em conta na avaliação das instituições financeiras. Conforme os analistas, a tendência de queda pode aparecer no último resultado do PIB de 2024, mas deve ser interrompida pela esperada safra recorde de grãos, em especial da soja, neste primeiro trimestre. A partir daí, os efeitos do agro vão se dissipar e a economia vai ficar mais exposta aos juros altos.
Oscar – Num dia de surpresas e reconhecimento, o cinema brasileiro celebrou, ontem, seu momento mais importante e que provavelmente vai mudar seu patamar mundialmente. A 97ª edição do Oscar terá o filme Ainda estou aqui concorrendo em três categorias, duas delas que figuram no topo da indústria cinematográfica. O longa de Walter Salles disputará melhor filme — escalação inédita para uma obra em português — longa, melhor filme internacional e, é claro, melhor atriz, com Fernanda Torres, ganhadora do Globo de Ouro em 5 de janeiro. A obra que levou milhões de brasileiros às salas de projeção e conquista audiência pelo mundo é uma homenagem aos brasileiros vítimas da ditadura militar, um dos momentos mais vergonhosos do Brasil. Na pele de Eunice Paiva, mulher do deputado Rubens Paiva, morto pelas forças de repressão, Fernanda homenageia uma ativista dos direitos humanos, mas, principalmente, as mães e esposas que resistiram num período nebuloso. “Viva o poder da nossa cultura”, comemorou Selton Mello, protagonista do filme. A festa do Oscar será em 2 de março, prepare a torcida!
Eleições no Congresso mobilizam governo – O governo Lula está otimista com a eleição para as presidências da Câmara e do Senado, marcadas para 1º de fevereiro. Com perfis diferentes de seus antecessores, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) — cuja eleição é da da como certa — são vistos por integrantes do Executivo como canais para melhorar a relação com o Congresso e aprovar pautas importantes no último ano antes das eleições de 2026. Para começar a relação de forma positiva, Lula pediu aos ministros de seu governo que foram eleitos para o Legislativo que retornem temporariamente aos mandatos e votem a favor dos dois candidatos. Ao todo, há 12 ministros nessa situação. Além de Padilha, André Fufuca (Esporte, deputado federal); Camilo Santana (Edu cação, senador); Carlos Fávaro (Agricultura, senador); Celso Sa bino (Turismo, deputado); Juscelino Filho (Comunicações, deputado); Luiz Marinho (Trabalho, deputado); Marina Silva (Meio Ambiente, deputada); Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário, deputado); Renan Filho (Trans portes, senador); Sonia Guajajara (Povos Indígenas, deputada); e Wellington Dias (Desenvolvi mento Social, senador). Uma boa relação com o Legislativo será essencial para que o governo consiga cumprir pro messas de campanha, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
Conversa com presidente do México sobre os EUA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone, ontem, com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, com quem tem afinidade política. De acordo com a nota divulgada pela assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, eles falaram sobre a relação com os Estados Unidos, agora sob comando do republicano Donald Trump. “Ambos reafirmaram o propósito de cultivar relações produtivas com todos os países das Américas, incluindo a nova administração dos Estados Unidos, a fim de manter a paz, fortalecer a democracia e promover o desenvolvimento da região”, diz a nota. Lula convidou a presidente mexicana a visitar o Brasil. Claudia Sheinbaum é a sucessora de Andrés Manuel López Obrador, ex-presidente do México e um dos líderes internacionais mais próximos do petista.
Davos na contramão de Trump – A contar pelo relatório de riscos de curto prazo produzido no Fórum Econômico Mundial de Davos, esta semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não conseguirá jogar os problemas climáticos para escanteio. Pela primeira vez, tais questões estão na ordem do dia dos altos escalões financeiros. A tabela de riscos classificados com severidade para dois anos inclui eventos climáticos extremos em segundo lugar, perdendo apenas para a desinformação, considerado o mais grave, que já era ranqueado como um dos problemas graves para o biênio. Aparece acima, inclusive, dos conflitos armados. Em sexto lugar está a poluição. Quem alerta para a inclusão dos problemas ambientais no relatório de riscos é Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente no governo Dilma Rousseff, hoje consultora das Nações Unidas e uma das mais requisitadas autoridades brasileiras na seara ambiental. “São dois problemas ambientais ranqueados no curto prazo e cinco, no longo. Não é mais o debate sobre reduzir um grau e meio o aquecimento. Nós, brasileiros, precisamos entrar nos debates, porque o mundo precisa de nós. O mundo irá ao Brasil para a COP 30 e temos uma chance única de nos apresentar diante das preocupações ambientais e da produção de alimentos”, disse a ex-ministra, ao participar do Lide Brazil Econômico Fórum, em Zurique. A plateia de empresários brasileiros e europeus anotou toda a palestra de Izabella. Sinal de que o tema está, a cada dia, mais no ranking de prioridades, ainda que Trump não esteja muito voltado para essa questão.
Resolve em breve – O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, deixou claro que, se depender dele, a Suprema Corte decidirá, em breve, o caso de responsabilização das big techs. Basta o ministro André Mendonça devolver o processo que será pautado. Com o recesso, o prazo de 90 dias do pedido de vista ficou suspenso. Portanto, só deve ser votado a partir do final de abril ou início de maio.
O que eles pensam – No empresariado, começa a cristalizar-se uma percepção de que a tendência para 2026 será a extrema direita contra o centro. Eis que surge a pergunta: e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva? E eles respondem que, a cada dia, estão mais convencidos de que Lula não será candidato.
A onda do MDB – Quanto mais Lula cobrar o apoio do MDB, rumo a 2026, mais o partido fará cara de paisagem. Muita gente no partido concorda com a avaliação da turma do Centrão de que a esquerda não terá condições de vencer. Enquanto Lula ou o PT não derem sinais de que são os mais competitivos, ninguém vai se mexer.
Erro – Muita gente que está na Suíça considerou uma falha o governo Lula ser representado no Fórum Econômico de Davos apenas pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Era o momento de vender o Brasil como potência ambiental e fazer propaganda sobre a COP 30.
AGU busca liberar o Pé-de-Meia – A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu, ontem, da decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que bloqueou o uso de recursos para financiamento do Pé-de-Meia. O programa é voltado para estudantes matriculados no ensino médio público, beneficiários do Cadastro Único para Programas Sociais do Go verno Federal (CadÚnico). Além disso, o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, garantiu que não haverá interrupção nos repasses. Ao todo, foram retidos mais de R$ 6 bilhões. A decisão de suspender o re passe ao Pé-de-Meia é do ministro Augusto Nardes e foi refere dada pelo plenário do TCU, na quarta-feira. Ele seguiu a orientação da área técnica da Corte, de que o programa opera fora do orçamento da União e desrespeita as regras fiscais. O Pé-de-Meia foi lançado no início de 2024 e os estudantes podem receber R$ 9,2 mil ao longo do ensino médio. A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) emitiu nota protestando contra a suspensão do programa.
Reforço socialista – Vídeos publicados nas redes sociais de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a posse do ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, evidenciam a inspiração na linguagem adotada pelo prefeito do Recife, João Campos (PSB). Isso inclui uso de efeitos sonoros, cortes rápidos e informalidade, que são características das redes do prefeito. A relação não é por acaso: Campos cedeu dois membros de sua equipe para ajudar na gestão Sidônio na Secom. Segundo um petista com acesso ao Palácio do Planalto, o melhor exemplo é um vídeo publicado nesta quarta-feira (22) sobre a duplicação da BR-381, em Minas Gerais. Com mais de 2,2 milhões de visualizações em 24 horas, o vídeo começa com o presidente dizendo “duplicou”, reproduzindo o número dois com os dedos, ao lado do ministro Renan Filho (Transportes). Ao fundo, há um som semelhante ao do jogo de videogame Super Mario.
Gilmar defende debate sobre semipresidencialismo – O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), voltou a defender o semipresidencialismo. O magistrado conectou a ideia ao tamanho do controle do orçamento que o Congresso Nacional alcançou nos últimos anos. “A partir de 2015, durante o governo Dilma Rousseff e com Eduardo Cunha na Câmara, as emendas antes propositivas se tornam impositivas. Isso foi sendo alterado até as emendas Pix. E é um modelo esquisito, estrambótico. O parlamentar participa da execução da politica, mas não tem responsabilidade. Não é chegada a hora de pensarmos em um semipresidencialismo?”, disse. Os comentários foram feitos durante o Brazil Economic Forum Zurich 2025, realizado pelo grupo Lide, na Suíça, nesta quinta-feira (23). Na avaliação do ministro, hoje há distorções que precisam ser discutidas. Gilmar Mendes defende a mudança ao menos desde o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), em 2017. Temer encampou a discussão à época, com apoio de Gilmar e Luís Roberto Barroso. Temer e Barroso também estavam presentes no debate. O atual modelo de governo foi avalizado pela população em plebiscito de 1993.
Bolsonaro cita hipótese de Michelle concorrer à Presidência – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (23) que sua esposa, Michelle Bolsonaro, é um “bom nome” à Presidência da República em 2026 e ganhou popularidade após viagem aos Estados Unidos para posse de Donald Trump, mas recuou em seguida e disse que ela deve concorrer ao Senado. A fala do ex-presidente ocorreu em entrevista à CNN. Ele disse que a ex-primeira-dama fica próxima a Lula (PT), atual mandatário, em pesquisas de intenção de voto e que ela teria “chance de chegar”. “Não tenho problema, estou há 17 anos casado com ela, seria também um bom nome, tá certo? Com chance de chegar. Obviamente ela me colocando como ministro da Casa Civil, pode ser”, disse Bolsonaro, rindo.
Popularidade na balança – A persistente alta no preço dos alimentos, preocupação de Luiz Inácio Lula da Silva pelo potencial impacto na popularidade, tem corroído a imagem de governos no Brasil e fora do país, como mostram as fracassadas tentativas de manutenção do poder nos Estados Unidos e no Reino Unido em 2024. Os riscos para o pleito do ano que vem levaram o presidente a cobrar os ministros Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) a estudarem medidas para mitigar a inflação. Na mesma linha, o chefe da Casa Civil, Rui Costa, disse que o assunto está sendo acompanhado de perto. Na mesma reunião em que cobrou soluções, Lula advertiu que não quer reviver a figura “dos fiscais do Sarney”, em alusão às pessoas que monitoravam o tabelamento de preços na época do Plano Cruzado. A medida, que gerou um mercado paralelo de alimentos, não conseguiu combater a inflação que chegava a 350% ao ano. No ano passado, o índice foi de 4,83%, segundo o IPCA, acima do teto da meta estipulada pela equipe econômica. Alimentos e bebidas subiram 7,69%, formando a categoria com a maior elevação entre as nove que compõem o índice.
Decisões de Dino travaram R$ 2,5 bilhões em emendas – As decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) de bloquear emendas parlamentares ao longo do ano passado deixaram R$ 2,5 bilhões em verbas indicadas pelas comissões da Câmara e do Senado travados. Na prática, os recursos ficaram no caixa do governo e não poderão mais ser utilizados. Ao todo, o orçamento do ano passado reservou R$ 14,2 bilhões para esse tipo de emenda. Diante do cabo de guerra entre o ministro Flávio Dino, do STF, e o Congresso Nacional, cerca de 82% do valor foi liberado antes do fim do ano, o equivalente a R$ 11,7 bilhões. Esse dinheiro foi enviado a estados e a municípios para obras e serviços indicados por parlamentares. As emendas de comissão foram turbinadas no Orçamento de 2023, quando receberam parte dos recursos que antes eram destinados às chamadas emendas de relator, base do chamado “Orçamento Secreto”. Naquele ano, o primeiro do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governo federal empenhou 99,5% dos R$ 6,8 bilhões reservados para as emendas de comissão. No ano passado, o montante mais do que dobrou de tamanho, mas o percentual empenhado ficou nos 82%.
Chefe da Secom prega estética ‘sujinha’ nas redes sociais – O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, afirmou nesta quinta-feira que irá mudar a forma como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se comunica nas redes sociais. Em uma plenária para deputados e a militância petista, o publicitário deu uma série de orientações sobre conduta no ambiente digital, onde pregou uma estética mais “simples”, “sujinha” e “soltinha” de conteúdo. — Vamos mudar formato de como presidente se comunica nas redes, ele tem um estilo, fala com facilidade e está com muita disposição de fazer diferente, querendo explicar, falar e fazer. Ele quer divulgar as ações, quer mostrar o que ele faz. E para vocês é importante engajar, curtir e compartilhar tudo quanto é mensagem do governo — afirmou Sidônio para um público de 3,2 mil pessoas que acompanharam a plenária virtual.
Lamentável – O presidente da Argentina, Javier Milei, considerou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de não autorizar a ida de Jair Bolsonaro a posse de Donald Trump “lamentável”. Milei é aliado do ex-presidente brasileiro e foi aos Estados Unidos acompanhar a posse do novo chefe de Estado americano.
Nunes canta ‘gás de pimenta na cara de vagabundo’ – O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, foi flagrado celebrando com agentes da GCM que cantavam sobre usar gás de pimenta em “vagabundos”. O vídeo gerou críticas, mas a prefeitura se recusou a comentar. A cena ocorreu durante evento da GCM e contou com a presença do novo secretário de Segurança Urbana, Orlando Morando. Críticos apontam para a postura violenta e antidemocrática do prefeito, que durante a campanha se apresentou como defensor do diálogo e da moderação.
Mentiras – O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Galassi, criticou “mentiras” difundidas nos últimos dias contra a proposta do setor para flexibilizar a validade de alimentos no País. Em entrevista à Coluna do Estadão, Galassi ressaltou que a mudança não incluiria carnes ou outros alimentos perecíveis, tampouco traria riscos à segurança alimentar. “Se ficamos nessa discussão ideológica, falando inverdades, como ‘o governo está propondo vender carne vencida’, é mentira. Fico chateado. Não é assim que vamos avançar numa discussão séria para o País”, disse o presidente da Abras. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), por exemplo, sugeriu que seria autorizado vender carne vencida. “A picanha não veio, e se vier será podre”, postou. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também falou do tema. “Cozinheiro gourmet para eles, picanha estragada para você. Assinado: o pai dos pobres”, publicou. A Coluna não conseguiu contato com os parlamentares, o espaço segue aberto. Questionado se essas mentiras foram divulgadas de má-fé, Galassi respondeu: “Eu ainda vou dar o direito da dúvida. Eu coloquei uma resposta no próprio post do Eduardo Bolsonaro sobre isso”. No comentário, o empresário explicou o conceito de “best before – melhor consumir até” defendido pela Abras, destacou a adoção do modelo no exterior e lembrou que o tema foi tratado no governo Bolsonaro com seriedade.
“Ainda Estou Aqui” – As indicações de Ainda Estou Aqui e Fernanda Torres ao Oscar 2025 repercutiram na imprensa internacional. A lista completa de indicados foi anunciada na manhã desta quinta, 23, com o filme de Walter Salles concorrendo nas categorias de melhor filme, melhor filme internacional e melhor atriz. É a primeira vez na história que o Brasil conquista uma vaga na categoria máxima da premiação com um filme totalmente falado em português — antes, houve uma indicação para O Beijo da Mulher-Aranha, uma coprodução Brasil-EUA, falada principalmente em inglês. Ainda Estou Aqui, o primeiro original Globoplay, estreou no Festival de Veneza em setembro e chegou aos cinemas nacionais em novembro. Virou um fenômeno de público e crítica, vendendo mais de 3 milhões de ingressos no Brasil. As publicações especializadas Deadline e The Hollywood Reporter fizeram matérias para destacar que Fernanda Torres recebe a indicação de melhor atriz 26 anos após sua mãe, Fernanda Montenegro, que em 1999 foi a primeira brasileira a disputar a categoria, por Central do Brasil, também de Walter Salles. Na época, ela perdeu para Gwyneth Paltrow, por Shakespeare Apaixonado. O The Hollywood Reporter afirmou que a vitória de Torres no Globo de Ouro foi uma surpresa e que, apesar dela chegar ao Oscar novamente como a “azarona”, seu “desempenho em Ainda Estou Aqui – como Eunice Paiva, a esposa que se tornou ativista de um político brasileiro ‘desaparecido’ durante a ditadura militar do país – foi universalmente elogiado.”