Historicamente, uma pele clara e bem cuidada era vista como sinal de boa posição social, com figuras históricas como Cleópatra e a rainha Maria Antonieta usando substâncias para manter a pele mais branca. No entanto, em 1923, a estilista Coco Chanel popularizou o bronzeado, tornando-o símbolo de férias exóticas e lazer, o que influenciou muitas pessoas a buscarem um tom de pele mais moreno. No Uruguai, assim como em várias partes do mundo, a pele morena passou a ser associada a saúde e beleza, mas os dermatologistas alertam que essa prática é, na verdade, um sinal de pele danificada e maior risco de câncer de pele.
Embora a exposição solar, em doses adequadas, seja importante para a saúde e até usada no tratamento de doenças de pele, a exposição sem proteção pode causar queimaduras, envelhecimento precoce, rugas, manchas, desidratação e aumentar o risco de câncer de pele. A tendência de desenvolver queimaduras solares e o bronzeado após a exposição ao sol é usada para classificar os fotótipos de pele, que indicam a sensibilidade à radiação solar. Isso significa que a escolha do protetor solar deve variar conforme o tom e a sensibilidade da pele.
Ao escolher um protetor solar, é importante considerar o fator de proteção solar (FPS), sendo que peles mais claras precisam de um FPS mais alto. Filtros físicos, como óxido de zinco e dióxido de titânio, são recomendados para crianças, enquanto filtros químicos podem causar reações, como dermatite, em peles mais sensíveis. Filtros mistos combinam esses dois tipos. Além disso, é fundamental que o protetor solar ofereça proteção contra os raios UVA, UVB, luz visível e radiação infravermelha.
A pele das crianças é mais vulnerável, pois seus mecanismos de defesa não estão totalmente desenvolvidos. Por isso, elas devem ser mantidas fora da exposição solar direta, especialmente bebês menores de 6 meses, que não devem usar protetor solar. A exposição solar em crianças deve ser limitada, e sempre com o uso de roupas protetoras, chapéus e óculos de sol. O protetor solar deve ser resistente à água e ao suor, aplicado 15 a 30 minutos antes da exposição, e reaplicado a cada 2-3 horas ou após nadar, ou suar excessivamente.
Além disso, é importante que a exposição ao sol aconteça fora do horário de pico (10h às 16h), preferencialmente sob sombra, para minimizar os danos. Atividades ao ar livre devem ser feitas em horários mais seguros, e o uso de cabines de bronzeamento deve ser evitado, especialmente na adolescência, pois elas aumentam o risco de câncer de pele na fase adulta.
Adultos mais velhos, com a pele mais fina e com funções protetoras reduzidas, devem ter cuidados redobrados, incluindo hidratação e o uso regular de protetor solar. Mesmo com o uso de protetor solar, é importante não prolongar excessivamente a exposição ao sol, e a exposição direta por um curto período (como face e braços descobertos) já é suficiente para obter a vitamina D necessária.
Finalmente, a proteção solar deve ser uma prática diária, já que os raios solares estão presentes o ano todo, inclusive em dias nublados. A pele, que é o maior órgão do corpo, muitas vezes é negligenciada, o que contribui para o aumento de casos de câncer de pele, como o melanoma. A exposição solar desde a infância e adolescência é um fator de risco importante. Portanto, é essencial adotar rotinas de fotoproteção para prevenir danos à pele e incentivar políticas públicas de proteção solar, com o objetivo de reduzir a incidência do câncer de pele. Valorizar nossa pele e respeitar seu tom natural é essencial para uma vida saudável e protegida.
Texto escrito por Casmer
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