O presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, participou da reunião da Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e Turismo na manhã desta quarta-feira (04), atendendo requerimento do deputado Rodrigo Lorenzoni.
Klinger fez uma apresentação sobre O Papel da Portos RS na Reconstrução Logística no RS, em que mostrou a estrutura atual da estatal, que é composta por três portos, Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre, terminais arrendados, instalações privadas, estaleiros e hidrovias. Segundo o presidente, no decorrer de 2024, quando foram registradas as enchentes, o Porto de Rio Grande não teve as operações paralisadas, mas o Porto de Porto Alegre, mais impactado, ficou dois meses fechado e teve perda de receita mensal entre R$ 750 mi e R$ 900 mil no período. A reconstrução e o restabelecimento das estruturas, incluindo o desassoreamento das hidrovias, dentro de um programa estratégico de recuperação, será viabilizado com recursos do Fundo do Plano de Reconstrução do Rio Grande, que prevê levantamentos, dragagens, equipamentos de segurança e controle e instalações. Os recursos do Funrigs para a Portos RS chegam a R$ 731 milhões, mesmo valor de “três anos e meio de faturamento da Portos RS”, afirmou.
Questionado pelos parlamentares, que cobraram transparência e agilidade, Klinger apresentou um cronograma de obras nas hidrovias até o final de 2025 e respondeu que a dragagem do Canal Itapuã, agora fechado para navios maiores, já iniciou e deverá estar concluída em final de fevereiro/2025. Sobre garantir a manutenção a médio e longo prazo, Klinger relatou que é difícil. “Historicamente não se fazia nada nas hidrovias”, “não se fazia dragagens”, “não temos histórico de obras feitas e isso é o que precisamos ter para cumprir um plano continuado de manutenção” foram algumas das afirmações do presidente.
Para o deputado Rodrigo Lorenzoni, que presidiu a reunião, “a direção da estatal nos trouxe informações importantes, apresentou um diagnóstico relevante e também nos impôs um grande desafio, que será acompanhar e fiscalizar o processo de recuperação dos nossos portos e das nossas hidrovias. E isso precisa acontecer de forma rápida e ágil, para que o Rio Grande possa retomar de forma plena o seu desenvolvimento econômico”.
Também participaram da reunião da Comissão, Sandro Figueiredo de Oliveira, diretor de Relações Institucionais da Portos RS, e os deputados Capitão Martim, Guilherme Pasin, Paparico Bacchi e Thiago Duarte.
