Um dos casos que chocou a população santanense por tamanha brutalidade, em dezembro de 2016, deve ganhar novos rumos ainda este mês. O terceiro acusado pela morte de Daniel Montezano da Silva irá a júri popular na próxima segunda-feira (25). À época do crime, conforme a denúncia apresentada pelo Ministério Público, Geovane do Espírito Santo Silva, conhecido como “Mc Balakinha”, então com 21 anos, foi um dos três homens responsáveis pela agressão que resultou na morte de Daniel.
Desde então, Geovane estava foragido. Ele foi preso em agosto de 2018, quase dois anos após o crime. Outros dois homens foram denunciados: Lucas David Silveira Rodrigues, o “Negão”, e o irmão, Levi Matias da Silveira Rodrigues. Ambos foram condenados e cumprem pena na Penitenciária Estadual de Sant’Ana do Livramento.
Relembre o caso
Daniel Montezano da Silva foi esfaqueado no estabelecimento de revenda e lavagem de automóveis do qual era proprietário, na rua João Manoel, próximo à Praça Artigas. Pouco antes das 10h, os três indivíduos, Geovane, Lucas e Levi, ingressaram no local. Enquanto os dois irmãos Lucas David Silveira Rodrigues e Levi Matias da Silveira Rodrigues desferiam golpes de faca e facão nas costas de Daniel, Geovane do Espírito Santo Silva agredia a vítima com socos e pontapés.
À época, segundo relato de testemunhas, a vítima, com cerca de 10 ferimentos de lâminas, caiu próximo ao local do crime. Daniel foi levado consciente para a Santa Casa de Misericórdia, mas morreu dias depois, em função da gravidade dos ferimentos. A motivação do crime teria sido um desentendimento e agressão entre Daniel e Lucas, após o proprietário da revenda acusá-lo de furtar tapetes deixados no local. A vítima teria, inclusive, flagrado o suspeito no local horas antes.
Último Tribunal do Júri
O caso é único não apenas pela gravidade das agressões, ele marca também o último júri da carreira do Promotor José Eduardo Gonçalves, o Coquinho, após quatro décadas. Entre as dezenas de júris realizados, do final do século passado ao início deste. O promotor atuou em um dos maiores casos da Vara Criminal da história recente de Sant’Ana do Livramento: o caso Xirica. O açougueiro Edson Reina, condenado à pena de 21 anos de prisão em regime fechado pela morte da professora Deise Charopen Belmonte.