O Movimento Tradicionalista de Sant’Ana do Livramento voltará a ter, em breve, representatividade perante órgãos públicos. Nesta terça-feira (12), ocorreu a terceira assembleia entre as entidades para a formalização da Associação Tradicionalista que as representará. O encontro ocorreu no CTG Princesa Isabel, no Prado, e contou com a presença de representantes de piquetes, centros, fogões e movimentos.
Apesar da decisão ser recente, Luís Felipe, do Centro de Tradicionalismo Figueira, explica que o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) utilizado é antigo. “A documentação que nós temos é de um CNPJ antigo. Nós estamos trabalhando em cima dele. Hoje, a reunião é especificamente para leitura da renúncia da antiga diretoria e a filiação”, explicou. Ainda segundo ele, a partir de agora as entidades interessadas serão filiadas. “Além disso, vai se marcar uma eleição para daqui a 15 dias, para estruturar a diretoria da Associação, onde teremos representatividade perante os órgãos públicos”, complementou Luís.
De acordo com a organização, definida a diretoria, os trabalhos irão se debruçar na reforma do estatuto. “Praticamente nós vamos trocar tudo que for possível ali. E a assembleia tem poder, né. O que ficar no estatuto vai ser aprovado pela assembleia. De todos os que estiverem filiados, é o que vai valer”, revela o tradicionalista. Apesar da parceria entre as entidades, atualmente, cada uma responde por si. Com a Associação, o objetivo é criar uma representatividade, isto é, um denominador comum que responda por todos.
Estudo Técnico de Viabilidade
Antes do pontapé inicial para formalização da Associação, um estudo técnico de viabilidade foi realizado com as entidades, de modo a compreender se havia interesse em uma nova instituição representativa. Durante a assembleia, uma das participantes lembrou do parecer positivo que receberam, tendo em vista que Sant’Ana do Livramento possui um Movimento Tradicionalista cada vez mais latente. “Talvez o maior do Estado do Rio Grande do Sul. Possui entidades filiadas, possui entidades não filiadas. E eu acredito que o intuito deste grupo que se reuniu é de que todas as entidades tenham voz e vez para que possam transcender o que fazem dentro das entidades para o município”, explicou.
Uma das características do Movimento Tradicionalista Gaúcho é abraçar diferentes iniciativas. Este ano, durante o Desfile Farroupilha, no dia 20 de setembro, uma das organizações apadrinhadas foi o Piquete Tradicionalista Cristão, que desfilou pela primeira vez. Conforme o patrão Fabiano, “estava faltando alguém que representasse todos eles, tanto filiado, como não filiado, todos com uma cara só. É o que vai acontecer agora”.
Novo estatuto e diretori
Até o fim do ano, a equipe pretende estar com a diretoria e o estatuto organizado. Para um dos integrantes da comissão de estudo técnico, não basta movimentar as entidades apenas durante a Campereada e Semana Farroupilha. “A Associação quer trabalhar o ano todo com as entidades. Um exemplo: pegar o departamento cultural de todas as entidades, fazer reuniões, aprimorar, passar conhecimento, para que fiquem o ano todo trabalhando”, disse.
O estatuto deve ser atualizado, mantendo a essência, explica ele. “Nós evoluímos, mas mantemos nossa bota e bombacha normal. Nosso estatuto vai trabalhar também em cima disso. O estatuto é a alma do negócio”, completou.