A direita gaúcha teve um desempenho muito expressivo nos principais colégios eleitorais do Rio Grande do Sul, inclusive em Porto Alegre, onde a sigla indicou a vice-prefeita, Betina Worm, na parceria com o atual prefeito Sebastião Melo, reeleito neste domingo com ampla vantagem sobre a petista Maria do Rosário.
Na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, o PL ainda garantiu quatro cadeiras: Jesse Sangalli, Comandante Nádia, Fernanda Barth e Coronel Ustra.
O fato é que a direita no Rio Grande do Sul tem muito a comemorar. Venceu em Canoas, onde Airton Souza desbancou o atual prefeito Jairo Jorge. Em São Leopoldo elegeu o Delegado Heliomar no primeiro turno. Outra conquista importante na Região Metropolitana foi em Alvorada, onde Douglas Martello vai comandar a prefeitura municipal.
Em outras cidades de grande porte, apesar de não ser vitorioso, o PL obteve resultados muito expressivos, como em Caxias do Sul (Scalco) e Pelotas (Marciano Perondi). A direita gaúcha montou um cinturão eleitoral muito significativo nestas eleições municipais.
O resultado consolida a liderança do presidente do PL de Porto Alegre, deputado federal Zucco, um dos grandes estrategistas na construção das chapas e alianças. O parlamentar também foi o responsável pela ida do presidente Jair Bolsonaro ao Rio Grande do Sul. “Acredito que a participação efetiva da maior liderança da direita conservadora nacional foi decisiva para alcançarmos esse resultado histórico. O presidente esteve em solo gaúcho em duas oportunidades. O resultado está aí: crescemos 290% em número de prefeitos, 250% em número de vice-prefeitos e 380% na quantidade de vereadores”, destacou Zucco.
O presidente do PL de Porto Alegre acrescenta que as eleições municipais de 2024 tiveram um caráter plebiscitário contra o PT, que na avaliação de Zucco está fazendo um péssimo governo em nível nacional. “E aqui no estado tivemos a catástrofe climática, com muitas promessas do governo federal e pouquíssima entrega por parte de Lula e Pimenta”, analisou. De 23 prefeituras conquistadas em 2020, o PT passou para 20 em 2024.
Diversas lideranças do PL nacional repetiam exaustivamente que o projeto liberal de 2026 passava, necessariamente, pelas eleições municipais de 2024. Ou seja, viabilizar o retorno da sigla ao Palácio do Planalto dependeria do resultado de agora. A mesma lógica também pode ser aplicada no plano regional. O PL se credita como forte postulante para comandar o Palácio Piratini daqui a dois anos.
O partido passou de dez para 39 prefeituras. A exemplo de Porto Alegre, o PL também emplacou vice-prefeitos em outros 48 municípios. Terá ainda uma bancada de 408 vereadores para defender os pilares de Deus, pátria, família e liberdade nos diferentes rincões do estado.
E o nome do deputado federal Zucco se consolida cada vez mais no universo dos pré-candidatos ao governo do Estado. Não pode ser descartada uma candidatura de Zucco ao Senado. Uma ascensão meteórica para alguém que entrou na política em 2018. Sem dúvida, Zucco sai na frente de outros nomes que deverão estar na disputa daqui a dois anos, como o ministro Paulo Pimenta (PT) e o vice-governador Gabriel Souza (MDB).