Em coletiva de imprensa realizada na última quarta (16), o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que o horário de verão não será adotado em 2024. A decisão foi tomada após análises criteriosas de estudos conduzidos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e outras instituições relacionadas ao setor energético.
Silveira explicou que, apesar das expectativas iniciais, a necessidade de implementar o horário de verão foi reavaliada com base em dados atualizados sobre a segurança e o abastecimento energético do país. “Com a expectativa de restabelecimento dos reservatórios durante o verão, a pasta deve voltar a avaliar a medida para execução em 2025”, disse o Ministro, ressaltando que as medidas de planejamento adotadas pelo Ministério garantem a segurança do fornecimento de energia.
Os estudos realizados pelo ONS indicaram que a adoção do horário de verão em 2024 traria benefícios limitados em termos de economia de energia. O impacto das mudanças climáticas e a diversificação das fontes de energia, como o aumento do uso de fontes renováveis, também foram levados em conta. Além disso, foi considerado o impacto econômico e social da medida, que poderia gerar transtornos à população.
Em 2021, o Ministério de Minas e Energia já havia suspendido o horário de verão, com base em um estudo que apontava para a redução do consumo de energia durante o horário de pico noturno, que tradicionalmente era um dos principais objetivos da mudança de horário.
A decisão foi recebida de forma mista. Setores industriais e comerciais, que tradicionalmente se opõem ao horário de verão devido aos ajustes operacionais necessários, saudaram a decisão do governo. Por outro lado, grupos ambientalistas manifestaram preocupação, argumentando que o horário de verão poderia contribuir para uma maior eficiência energética e redução do uso de eletricidade em horários de pico.
“Com a modernização do setor energético, nossa dependência de medidas como o horário de verão diminuiu, mas isso não significa que deixamos de buscar soluções para melhorar a eficiência energética e reduzir o impacto ambiental”, afirmou Silveira.
O Ministro destacou que o governo continuará monitorando as condições hidrológicas e as demandas energéticas do país. “Estamos comprometidos com a segurança energética do Brasil e, se necessário, reavaliaremos a adoção do horário de verão em 2025”, concluiu Silveira.