O dia 24 de outubro marca o Dia Mundial de Combate à Poliomielite. A data homenageia o nasci- mento de Jonas Salk, líder da primeira equipe que desenvolveu uma vacina contra a doença. A efeméri- de serve para conscientizar a população ao redor do globo sobre os perigos da poliomielite e a importância da vacinação. Também conhecida como paralisia infantil ou pólio, a poliomielite é uma doença infecciosa causada pelo poliovírus. O vírus ataca o sistema nervoso e pode causar paralisia, principalmente nos membros inferiores. A poliomielite é transmitida de pessoa para pessoa por meio do contato direto com fezes ou secreções da boca de pessoas infectadas. Também pode ser transmitida por objetos, alimentos e água contaminados. A maioria das pessoas infectadas não apresenta sintomas, mas os mais frequentes são: febre, mal-estar, dor de cabeça, dor de garganta e no corpo, vômitos. A única forma de prevenção da poliomielite é a vacina. Todas as crianças menores de cinco anos de- vem ser vacinadas conforme o esquema de vacinação de rotina. Essa doença não tem cura e não existe tratamento específico que impeça a progressão dos sintomas. Em casos graves, a infecção pode atingir os centros nervosos que controlam os músculos respiratórios e de deglutição, o que pode ser fatal. O Brasil recebeu o certificado de eliminação da pólio em 1994. A estratégia adotada para a eliminação do vírus no país foi centrada na realização de campanhas de vacinação em massa com a vacina oral contra a pólio (VOP). No entanto, segundo Ministério da Saúde do Brasil, a cobertura vacinal da poliomielite vem apre- sentando resultados abaixo da meta de 95% desde 2016. Existem duas vacinas contra a poliomielite: a VPO-Sabin, ou vacina da gotinha bivalente, constituída pelos vírus da pólio tipos 1 e 3, vivos e atenuados. E, atualmente está sendo utilizada a vacina VIP ou Salk, administrada por via intramuscular, trivalente, administrada por meio de injeção, composta pelos vírus da pólio tipos 1,2 e 3 completamente inativado, o que impede o desenvolvimento da doença.
ROTARY E AS CAMPANHAS DE ERRADICAÇÃO DA PÓLIO
O Rotary trabalha para erradicar a pólio há mais de 45 anos e o alcance do nosso objetivo de livrar o mundo dessa doença está mais próximo do que nunca.Em 1979, nas Filipinas, realizamos o primeiro projeto de vacinação e ajudamos a reduzir os casos de pólio em 99,9% na região. Com o sucesso dessa campanha fomos além, em 1985 Rotary lançou a campanha Pólio Plus na qual foi membro fundador da Iniciativa Global de Erradicação da Pólio em 1988. Os associados do Rotary doaram mais de US$ 2,1 bilhões e incontáveis horas de trabalho para proteger cerca de três bilhões de crianças da paralisia infantil em 122 países até hoje. Os esforços de sensibilização do Rotary contribuíram para obtermos o apoio governamental de diversos países, os quais destinaram mais de US$ 10 bilhões à causa. Hoje, a pólio permanece endêmica em apenas dois países: o Afeganistão e o Paquistão. Mas é crucial continuarmos trabalhando para manter outros países livres dela. Se todos os esforços de erradicação parassem hoje, dentro de 10 anos, a doença poderia paralisar até 200.000 crianças por ano. Tendo em vista que não estamos batendo as metas nacionais de vacinação desde 2016, estimulamos que você, querido leitor, conhecendo crianças em idade de vacinação, estimule pais e responsáveis a manter as carteirinhas de vacinação em dia! As vaci- nas são seguras, testadas e utilizadas há muitos anos e principalmente: salvam vidas!