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Blog do Noblat

HÁ VINTE ANOS – O escândalo que deveria envergonhar a imprensa
A injusta cassação do deputado Ibsen Pinheiro

 

A edição da revista IstoÉ, que está sendo impressa neste momento, revela o que talvez venha a ser apontado no futuro como o maior escândalo da história da imprensa brasileira no final do século passado.

Em novembro de 1993, o então chefe da sucursal da revista “Veja” em Brasília, o jornalista Lula Costa Pinto, atual assessor do presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo, estava no plantão morno de uma sexta-feira quando apareceu à sua frente Waldomiro Diniz.

– Pegamos o Ibsen – disse Waldomiro, funcionário da Câmara e destacado pelo PT para acompanhar de perto a CPI que investigava o envolvimento de deputados com o desvio de verbas do Orçamento da União.

Waldomiro entregou a Lula papéis que provariam uma movimentação de 1 milhão de dólares feita aqui e no exterior pelo então presidente da Câmara, deputado Ibsen Pinheiro, do PMDB gaúcho. A atuação de Ibsen no ano anterior abriu caminho para cassação do mandato do ex-presidente Fernando Collor. E o nome de Ibsen começou a ser cogitado por seu partido para candidato a presidente da República dali a dois anos.

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Lula Costa Pinto avisou ao Redator Chefe da Veja em São Paulo, jornalista Paulo Moreira Leite, sobre o que Waldomiro acabara de lhe contar. O Redator Chefe decidiu mudar o assunto da capa da revista e publicar como capa a história da movimentação milionária de Ibsen. O título da capa foi: “Até tu, Ibsen”.

A capa da revista já havia sido impressa, o miolo da revista onde a reportagem estava sendo publicada ainda não, quando um auxiliar de Moreira Leite descobriu o erro. Refazendo as contas oferecidas por Waldomiro, concluiu-se que Ibsen não movimentara 1 milhão de dólares – mas apenas mil dólares.

Moreira Leite, segundo Lula Costa Pinto, lhe telefonou contando o fato. Disse que àquela altura não dava mais para mudar a capa já impressa, nem dizer na reportagem o contrário do que a capa dizia. E orientou-o a procurar algum membro da CPI que topasse dar uma declaração avalizando o cálculo errado feito por Waldomiro e encampado pela “Veja”.

O deputado Benito Gama, do PFL baiano e membro da CPI, concordou em salvar a cara da revista. Ele disse, conforme o publicado: “É fundamental não errarmos nas contas de Ibsen, e não erramos”. Ibsen acabou cassado.

A história publicada pela IstoÉ ampara-se numa longa carta escrita por Lula Costa Pinto e dirigida a Ibsen. Ouvido a respeito pela IstoÉ, Moreira Leite, atual Diretor de Redação do jornal Diário de São Paulo, negou apenas que tivesse orientado Lula Costa Pinto a procurar um membro da CPI para avalizar a informação errada.

Benito Gama, atual candidato a prefeito de Salvador pelo PMDB, negou que tudo tenha se passado como Lula Costa Pinto contou em sua carta a Ibsen.

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Resposta da VEJA:

Em reportagem de capa sobre a proposta de criação do Conselho Federal de Jornalismo, que ela critica duramente, a Veja encaixou o seguinte trecho que pode ser interpretado como uma resposta indireta à reportagem de capa da IstoÉ sobre a cassação do mandato do ex-deputado Ibsen Pinheiro:

“A imprensa – no Brasil e no mundo – comete erros e exageros, é claro. Alceni Guerra, ministro da Saúde do governo Fernando Collor, foi massacrado pela imprensa, inclusive por VEJA, sob a suspeita de que teria promovido um festival de irregularidades em sua gestão, mas mais tarde a suspeita se comprovou infundada. Eduardo Jorge Caldas Pereira, ex-secretário-geral da Presidência da República no governo de Fernando Henrique, foi sistematicamente acusado de fazer tráfico de influência quando estava no cargo. Hoje, quatro anos depois, nada se comprovou de irregular durante sua passagem pelo Palácio do Planalto. Na semana passada, o ex-jornalista Luís Costa Pinto, que trabalhou em VEJA no início dos anos 90, publicou um depoimento na revista IstoÉ relatando sua participação em uma reportagem de capa de VEJA de 1993. A matéria, sobre o então deputado Ibsen Pinheiro, continha números errados a respeito do dinheiro movimentado pelo político, que acabou cassado pela CPI dos Anões do Orçamento. A imprensa erra, mas os erros acabam aparecendo quando não são corrigidos logo em seguida pela apuração correta dos fatos. VEJA lamenta os enganos que cometeu nos casos de Alceni, Eduardo Jorge e Ibsen Pinheiro.”

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