seg, 21 de outubro de 2024

Variedades Digital | 19 e 20.10.24

Eu sou Batman

Coluna Realce | Eu sou Batman

Uma nova série de Batman comandada por Bruce Timm é uma ótima notícia. A série original dele, dos anos noventa, é lembrada com carinho como uma das melhores encarnações do homem morcego.
Lembrando: a primeira encarnação de Batman na TV é dos anos sessenta, a clássica com Adam West e Burt Ward. Era sensacional… mas era uma galhofa. O mesmo clima foi seguido nas séries animadas dos anos setenta e oitenta, sempre divertidas… mas direcionadas a crianças. Nem um pouco parecido com a encarnação original do personagem, mais adulta e séria.
Com o sucesso da encarnação mais ‘sangue nos olhos’ de Frank Miller nos quadrinhos e o filme de Tim Burton foi encomendada uma série em desenho animado… Bruce Timm foi o ‘tocador’ (como eu traduzo showrunner?), e escolheu um clima mais sóbrio e sério, um Batman lutando com mafiosos e policiais corruptos, além dos seus vilões ‘clássicos’. Mesmo com as limitações da censura era um clima mais adulto que qualquer encarnação audiovisual do morcegão até então. Foi um grande sucesso… no Brasil era exibido nas manhãs do SBT, e os episódios circularam muito em DVD. Durou cinco temporadas, e ainda rendeu um longa metragem (A Máscara do Fantasma). Alguns anos depois circulou a série ‘Batman: The Brave and the Bold’, um pouco mais juvenil mas quase tão boa quanto, que se especializou em resgatar personagens obscuros dos quadrinhos.
Fazem alguns anos que se projetam novas temporadas da série… algo que não interessava Bruce Timm, ele queria uma série ambientada no período conhecido pelos fãs como ‘Ano Um’, ou seja, nos primeiros anos de atuação do morcego, quando ele ainda era considerado um vigilante pelos jornais e pela polícia e era perseguido pela lei, pelos policiais corruptos que eram prejudicados pelas suas ações. Nessa época ele começa a se enturmar com o então sargento Gordon, e com os raros policiais não corruptos da força. Isso é antes da aparição dos criminosos mais folclóricos e fantasiosos, quando tudo ainda era novidade. Além disso a série é ambientada nos anos trinta e quarenta, com visual em art deco e as onipresentes tommy guns (aquelas metralhadoras dos filmes de gangster) e os personagens desenhados como se fossem caricaturas de Al Capp e Charles Addams, um visual bem estilizado.
‘Batman: O Cruzado de Capa’ acabou de estrear, com seus dez episódios de mais ou menos meia hora. É altamente recomendável para os fãs do personagem. Sente-se a falta do dublador da série dos anos noventa, Kevin Conroy, que faleceu um par de anos atrás… não que o novo dublador do personagem, Hamish Linkletter, faça um mau trabalho… mas é complicado substituir uma encarnação tão definitiva do personagem. Trata-se da encarnação mais séria, violenta e adulta que o personagem teve até agora em animação, além de ser bem pé no chão, com poucos elementos fantásticos. Alguns personagens clássicos aparecem, em suas versões ‘modernas’… Pinguim é uma mulher (lembra Marlene Dietrich), Arlequina é mais empoderada do que nunca, Coringa só aparece em pontas, imagino que terá mais destaque na segunda temporada… o clima lembra as primeiras aparições de Batman nos quadrinhos, clima noir, quase sempre de noite…
A série original está disponível no Max e no Netflix, pelo menos enquanto escrevo esse texto. The Brave and the Bold está no Max, assim como vários longas animados do personagem. A nova série está no Prime Video.

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