qui, 21 de novembro de 2024

Variedades Digital | 16 e 17.11.24

Da fronteira para as telas da TV uruguaia

Cantora Carolina Cáceres, 30 anos, estreou, nesta semana, no reality show La Voz onde se classificou para a próxima fase
Cantora Carolina Cáceres

A cantora Carolina Cáceres garantiu sua vaga no reality show La Voz Uruguai, do Canal 10. Na noite da segunda-feira (5 de agosto), Carolina se apresentou na noite de audições às cegas interpretando “Vermelho”, de Fafá de Belém, e virou duas cadeiras, as de Valeria Lynch e Ruben Rada. Logo após, a fronteiriça escolheu o time Valeria para representar a fronteira. 

Filha de mãe brasileira, Regina, e de pai uruguaio, Néry, a cantora se considera fronteiriça, por justamente compartilhar das duas culturas que a moldam em sua personalidade e musicalidade. Segundo a cantora, a fronteira possui uma diversidade cultural imensa e inúmeros potenciais em outras áreas a serem explorados. 

Carolina iniciou sua trajetória na música por influência direta do pai, o músico uruguaio Néry Cáceres, que possuía um estúdio de gravação em sua casa. Cresceu rodeada de sons e musicalidades que, desde cedo, ativaram sua paixão por esta arte. Começou a fazer aulas particulares de música e depois se formou em violão erudito pelo Conservatório América, em Rivera, onde também atuou como docente. 

Compôs a música SANTERA, uma homenagem à fronteira Sant’Ana do Livramento-Rivera e seus habitantes, que a destacou no cenário cultural regional, levando-a a realizar shows em outros lugares do Uruguai e do Rio Grande do Sul. 

Através do apoio do FONAM (Fondo Nacional de Música), um fundo de apoio à música uruguaia, a cantora gravou um EP de 3 faixas, com uma nova versão de SANTERA, que tem previsão de lançamento para o final de agosto de 2024. O EP foi produzido por Igo Santos, produtor musical de Jaguarão, e conta com videoclipe realizado por meio de uma campanha de financiamento coletivo.

A cantora possui uma trajetória fortemente ativa na gestão e produção cultural, idealizando o projeto Lunares Binacional, que oferece capacitação gratuita para mulheres fronteiriças que querem ingressar no setor musical. Lunares Binacional teve duas edições na fronteira e contou com capacitações em gestão de carreira artística, canto, performance de palco, sonorização e luthieria, envolvendo a participação de mais de 30 mulheres. 

O projeto foi financiado duas vezes pelo Fondo Regional para la Cultura, fundo de apoio a projetos do interior do Uruguai. Sua atuação frente ao Ministério de Educação e Cultura uruguaio na gestão cultural de Lunares Binacional, conferiu-lhe a oportunidade de atuar como jurada do mesmo fundo em 2024, sendo responsável pela seleção de projetos a serem financiados para o ano seguinte. 

Carolina também é graduada em Relações Internacionais pela Unipampa, curso que, segundo ela, enriqueceu enormemente sua visão de mundo, trazendo contribuições ao seu fazer musical.

Em 2024 escolheu seguir o sonho da graduação em Música, residindo atualmente em Mercedes, onde cursa a Licenciatura em Jazz e Música Criativa na Universidad Tecnológica (UTEC), onde atua como mezzo-soprano na Orquestra da universidade. 

Me sinto muito honrada em poder representar a fronteira no La Voz, pois é um reality consagrado que oferece inúmeras oportunidades, desafios e experiências. Quero compartilhar minha música com as pessoas, que tem todo esse sotaque de fronteira e pode contribuir muito para a música uruguaia. 

Além de SANTERA, Carolina é autora de canções que abordam a mistura de gêneros como o candombe, o rock, a milonga e o jazz e estão reunidas em seu show autoral titulado Música de Fronteira, que tem previsão de estreia na Sala Zitarrosa, em Montevideo, no dia 31 de agosto.

Lorenzoni quer explicações da Portos RS para demora na dragagem das hidrovias

O deputado Rodrigo Lorenzoni enviou nesta quinta-feira (21/11), ofício para a Portos RS, empresa pública do Estado, solicitando plano de trabalho e cronograma completo da execução da dragagem dos canais e das hidrovias do estado. Rodrigo também está requerendo na Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e Turismo a convocação do presidente da estatal, Cristiano Klinger, para explicar a demora na