O Dia do Maratonista foi realizado na última quarta-feira, 7 de agosto. Uma homenagem a todos os que conseguiram completar uma maratona de 42,19 metros.
Este dia é comemorado em honra do nascimento do etíope Abebe Bikila, nascido em 7 de agosto de 1932.
Foi o primeiro atleta a vencer duas maratonas olímpicas – Roma 1960 e Tóquio 1964 – porque era filho de pastores.
Ele ficou paralítico depois de um acidente de carro em 1969. Bikila faleceu em 23 de outubro de 1973, quatro anos depois, devido a uma hemorragia cerebral.
O atleta está no Hall da Fama da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) desde 2012.
Em 1960, praticamente quando o avião já estava pronto para partir, Bikila entrou na equipe que viajaria para Roma.
A Adidas, patrocinadora dos Jogos Olímpicos de 1960, tinha poucas sapatilhas para atletas. Bikila experimentou várias, mas nenhuma delas a deixou confortável. Foi campeão olímpico de corrida descalço.
Foi uma alegria receber, nessa semana, os atletas Nidgie da Silva e Marcos Costa, ambos maratonistas de Sant’Ana do Livramento, em nossos estúdios. Ao longo da entrevista exclusiva, eles nos deram uma visão intrigante da profissão que escolheram, bem como detalhes emocionantes de suas jornadas.
Marcos e Nidgie revelaram que sua paixão pela corrida começou quando eles eram crianças. Aos 19 anos, Nidgie começou a correr no exército brasileiro quando prestou o serviço militar. Desde criança, Marcos sempre teve uma obsessão pela corrida, fazendo de tudo o que podia para estar sempre correndo.
Ambos concordam que viver uma vida maratona é difícil. Os treinos intensos, lesões e competições acirradas são todos ingredientes. Mas Nidgie e Marcos demonstraram resiliência e determinação ao superar esses obstáculos. Marcos relembrou a sensação de conquistar o pódio na Maratona em Israel, enquanto Niggie falou sobre sua emocionante vitória na Maratona de Porto Alegre, onde cruzou a linha de chegada com lágrimas nos olhos.
Nidgie e Marcos compartilharam sorrisos quando questionados sobre o que planejavam fazer no futuro. Enquanto Marcos deseja terminar de escrever seu livro para que possa contagiar mais pessoas e continuar participando de grandes desafios, Nidgie está se preparando para as Olimpíadas de Los Angeles. Para ambos os eventos, os maratonistas estão ansiosos para continuar representando Sant’Ana do Livramento.
“As Olimpíadas de Los Angeles se tornaram o meu projeto de vida quando foi decidido que seria lá. Porque eu lembro quando saiu para Paris, eu já queria muito ir, só que eu não sabia o que eu iria fazer lá, o quanto poderia correr e se viraria mais um sonho de tantos que eu tenho ainda. Só que depois que eu corri minha terceira maratona e tive um resultado tão expressivo da primeira para a terceira, com uma diferença de onze minutos, levando-se em conta que foram realizadas no prazo de seis meses, a matemática me permite acreditar que eu sou um dos atletas brasileiros que está mais perto de Los Angeles,” falou Nidgie.
Marcos falou dos seus projetos futuros e relata também o seu desejo em ajudar e trabalhar com as pessoas cadeirantes.
“Meu próximo desafio é o livro, inclusive até diminuí os treinos e competição, inclusive acredito que dentro de quinze dias já esteja pronto. Sempre tive um sonho de correr uma prova que acontece na Serra do Rio do Rastro em Santa Catarina, inclusive lá poderei divulgar e falar do meu livro que está sendo finalizado. Outro projeto que tenho é trabalhar o esporte com cadeirantes e isso começou quando um amigo que corria 400 m sofreu um acidente e ficou paraplégico e desde então eu o incentivo a praticar um esporte, então esse é um desejo de poder ajudar os cadeirantes a realizarem algum esporte,” emocionado relatou Marcos.
A entrevista com esses atletas inspiradores nos lembra que as histórias de perseverança, paixão e dedicação estão por trás das medalhas e recordes. Nidgie da Silva e Marcos Costa são bons exemplos de como a corrida pode mudar vidas e conectar comunidades.