Abigail – dirigido por Radio Silence – Bom filme recente de horror, dos canadenses que revitalizaram a série Pânico (até ela implodir, com a saída de suas duas novas estrelas e a volta das originais, vamos ver se vai funcionar). Uma produção mais cara, acabou sendo um fracasso de público… em parte por causa de seu trailer, que simplesmente dá um tremendo de um spoiler, entrega uma surpresa que acontece a mais ou menos uma hora de filme. Tudo bem que o dístico de ‘baseado no filme da Universal ‘A Filha de Drácula’ e a introdução ao som de ‘O Lago dos Cisnes’ davam uma pista bem fácil de entender sobre quem seria o antagonista dos personagens… mas o trailer simplesmente entrega tudo isso, mostrando aos distraídos uma virada de trama que deveria ser surpresa. Uma pena, trata-se de uma bela diversão, mais ambiciosa que a média, boas cenas de ação, personagens carismáticos e bacanas, boas viradas. Filmes muito piores fizeram sucesso.
O Tarô da Morte – dirigido por Spencer Cohen e Anna Halberg – Falando neles… aqui está um daqueles projetos baratos que acabam se pagando. Custa quase nada pra fazer, se paga com qualquer graninha que pingue na bilheteria. Num mundo perfeito poderia ser tocado por bons diretores que usariam isso pra mostrar serviço… mas acabou nas mãos de uns burocratas que entregaram o que lhes foi pedido e nada mais. Terrorzinho mequetrefe, sem imaginação, feito para pegar uma censura baixa nos EUA, ou seja, com cenas de violência editadas demais. Elenco ruim e mal dirigido, roteiro bobo e levado sem imaginação nenhuma. Pode até agradar quem quer um filminho bobo para ser esquecido 15 minutos depois da sessão… pelo menos até aparecer a sequência, que em geral vai ser pior ainda.
Os Estranhos (parte 1) – dirigido por Renny Harlin – Esse aqui poderia ser usado como instrumento de tortura por algum exército americano… se pega um filme nem tão antigo (e bom) assim, ‘Os Estranhos’, sobre invasão a domicílio, se bola um reboot sem relação com o filme original… e se transforma isso em TRÊS filmes, com um roteiro em que os acontecimentos poderiam ter sido utilizados em um curta metragem de 20 minutos. O tal casalzinho que vai para uma casa no meio da floresta, alugada por um BnB suspeito, não tem química nenhuma entre eles, além de serem burros feito uma porta. Reparam que está tudo errado e fazem o quê, vão embora? Não, ficam por lá mesmo pra ver o que vai acontecer… acompanhar eles lembra um reality show ruim, vendo personagens com a inteligência de uma anta se dando conta que ‘algo está errado’… adivinha, está… o filme se arrasta, testando a paciência do espectador… e adivinha, foram rodados três de uma vez. Imagina a alegria de quem quer acabar com essa tortura e ver como acaba aquela tralha e ler ao final um dístico que ‘Continua no próximo filme’… PQP… está garantido na lista de piores filmes do ano… é difícil piorar, mas as duas continuações estão com cara de serem absolutamente insuportáveis.
Entrevista com o Demônio – dirigido por Cameron e Colin Cairnes – Produção da A24, estúdio com fama de ‘cabeça’ e inteligente, entrega algo bem divertido… nos anos 70 temos um programa sensacionalista, daqueles que não tem medo de apelar, que para subir a audiência trás uma jovem possuída para ser entrevistada… precisa ser gênio pra saber que o negócio não vai funcionar como eles querem? Bem bolado e dirigido, pode ser uma experiência bem legal. O único ‘senão’ é que seria ainda melhor caso fosse ambientado no Brasil, na época dos clássicos duelos de audiência dos domingos à tarde, quando Faustão e Gugu Liberato topavam tudo por audiência.
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