Em meio às enchentes que devastaram muitas cidades no Rio Grande Do Sul, a equipe de policiais civis do município vem se destacando por seu trabalho incansável em abrigos nas áreas mais afetadas. Entre elas, a atuação das policiais Silvana Fajardo e Alexandra Quevedo, que atualmente, junto com demais colegas, estão em missão na cidade de Canoas.
Trabalhando na linha de frente, os policiais realizam diversas atividades garantindo a segurança e o bem-estar dos desabrigados. A comissária santanense Silvana e a escrivã Alexandra vêm auxiliando os demais colegas da Segurança Pública a realizar a escolta dos caminhões que estão levando doações, registrando ocorrências diretamente nos abrigos, participando do resgate das pessoas, mantendo a segurança e escoltando autoridades que fazem visitas aos locais atingidos.
Silvana, que há 12 é policial, comenta a experiência de estar na linha de frente neste momento tão triste para o estado e a gratificação que sente, apesar do cansaço e da tristeza diante da situação. “A experiência em si é gratificante, cansados sim, às vezes a gente fica, por olhar tudo isso. A gente fica entristecida, mas é muito gratificante quando tu vês um sorriso, quando tu consegues chegar ao final do dia e dar um abraço nos colegas e dizer que aquele dia foi de vitória, ou um abraço de um idoso, de uma mãe que encontrou os filhos, tudo isso a gente vive”, diz Silvana. Ela também ressalta que ao ver a realidade das pessoas nos abrigos que perderam tudo, o quão importante é valorizar o que se tem. “Hoje não tem rico, não tem pobre, são todos iguais,” comenta Silvana, apontando a escassez de comida e o aumento dos preços.
Para os policiais, a presença da Polícia Civil nos abrigos se tornou um ponto de referência. “É um misto de emoções. A primeira, é ver as pessoas nesta situação que não é fácil, mas ao mesmo tempo de gratidão a Deus por poder contribuir, porque a gente não se doa só como policial, mas como pessoa, levando uma palavra de esperança e de fé”, contou Alexandra, destacando a carência e a necessidade de apoio que essas pessoas demonstram e que a experiência, apesar de desgastante, é única e gratificante.
Os policiais civis de Sant’Ana do Livramento, como Silvana Fajardo, Alexandra Quevedo e os demais que por lá estão auxiliando nos serviços de investigação, continuam a desempenhar um papel crucial no apoio às vítimas das enchentes, mostrando dedicação, respeito e humanidade em um momento de grande necessidade.
Além dos esforços dos policiais civis, voluntários da Brigada Militar também se uniram para ajudar as famílias afetadas. A sargento Ana compartilhou sua experiência ao lado de seus colegas sd Cunha, sd Pelufo, sd Santos, sd Viana, sgt Carrets, na cidade de Cruzeiro do Sul, duramente atingida pelas enchentes. “Nós ficamos o sábado lá em Cruzeiro do Sul. Fomos na sexta à noite, passamos o dia fazendo faxina, somente durante o dia”, disse Ana, contando que em muitos pontos não havia energia elétrica. O grupo se deslocou até o município atingido em um ônibus que levou os demais voluntários no dia 18 de maio.
Ana descreve a experiência como triste, mas gratificante. “Além do sentimento de estar sendo útil e poder fazer a diferença na vida de outra pessoa, tem o sentimento de gratidão
a Deus por voltar para casa, em um momento onde muitos não podem mais. Nossa ajuda foi de coração, mas sabemos que foi muito pouco frente ao cenário que encontramos na cidade, é um trabalho de formiguinha que está sendo prestado, o resultado vai demorar um tempo para ser percebido tamanha é a destruição dos locais em que fomos.”
Os policiais da BM que foram com o grupo de demais voluntários auxiliar na limpeza, atuaram por conta própria em seus dias de folga aqui em Sant’Ana do Livramento, não representando o 2ºRPMon naquele momento.