Sant’Ana do Livramento, embora não tenha sofrido danos diretos tão graves quanto outras cidades do Rio Grande do Sul, enfrenta sérios desafios devido às chuvas incessantes que atingiram a região, causando um prejuízo estimado em 200 milhões de reais na área rural, conforme relatório da Emater. O problema também é sentido no escoamento da produção já colhida. Isto porque as estradas rurais tiveram uma diminuição de trafegabilidade. A Prefeitura decretou estado de emergência na última quinta-feira (23) por causa do problema.
Na manhã desta segunda-feira (27), diversos moradores mandaram registros do problema no interior. Regiões como Ibicuí, Upamaroty, Corredor do Perau e Assentamento Ibicuizinho estão na lista das reclamações mais frequentes.
Procurado, o vice-prefeito Evandro Gutebier (Republicanos) abordou o impacto das chuvas e as ações tomadas pela administração municipal. Segundo Gutebier, as chuvas constantes dificultam os esforços de recuperação, com várias áreas rurais do município enfrentando condições complicadas.
O vice-prefeito disse que para lidar com esses desafios, a administração está aguardando a chegada de um britador, que deve melhorar a capacidade de resposta. No entanto, o vice-prefeito destacou que, sem uma melhoria nas condições climáticas, muitas das ações necessárias permanecem inviáveis, explicando que o uso de motoniveladoras, por exemplo, é impossível devido ao risco de atolamento, embora estejam utilizando retroescavadeiras, pás carregadeiras e caçambas para fazer o que é possível. “Nossa intenção é não deixar ninguém sem o ir e vir”, afirmou.
A situação das escolas na zona rural também foi abordada. Gutebier explicou que, devido ao acesso inviável em algumas áreas, a Secretaria da Educação está liberando aulas online para minimizar o impacto.
O vice-prefeito pediu compreensão à população, ressaltando a gravidade da situação. “Estamos vivendo uma situação de calamidade no RS e uma situação de emergência em Livramento. Têm cidades no Rio Grande do Sul que nem escolas têm mais. Então, estamos vivendo uma situação um pouco melhor. Porém, estamos em uma situação de emergência, não tem como vivermos uma situação normal.”