O céu desaba, os rios abandonam seu leito.
Famílias aguardam socorro,
abanando sobre o teto de suas moradias.
Rebanhos levados pela correnteza
e pontes deitadas sobre as encapeladas águas dos rios.
Templos tem portas arrombadas
e até mesmo os cemitérios são profanados,
mortos tem demolida a paz de suas ausências,
o silêncio de seu repouso,
que não deveria nunca ser perturbado.
Estradas explodindo asfalto
e barrentas correntezas invadindo os lares,
é este o roteiro das águas,
o percurso das mágoas
em dias de devastação.
Lcel