Localizado a 30 km do centro de Sant’Ana do Livramento, a Escola Estadual de Ensino Médio Antônio Conselheiro recebeu uma sala digital, através de um projeto-piloto coordenado pelo INCRA, em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF). A inauguração aconteceu na última quarta-feira (10) e contou com a presença do superintende do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Marco Aurelio Sfins e da professora da UFF, Ana Claudia Giodani, representantes do MST, professores, funcionários, estudantes e comunidade escolar.
Conforme o Incra, na primeira etapa seriam atendidas apenas comunidades da região metropolitana, mas a ampliação foi necessária para outras três regiões com dificuldade na comunicação e nos transportes. A sala digital é composta por 20 computadores, impressora, antena de internet e tutores indicados em cada assentamento para orientar e organizar o espaço com os usuários.
A diretora da escola, Cleide Luncks Almeida, da sede do projeto, destacou a importância da escolha da instituição devido ao seu papel no ensino médio do campo e a presença significativa dos assentamentos na região. A coordenadora do projeto, Erica Rocha, juntamente com três estudantes selecionados pela comunidade escolar, estará disponível para oferecer suporte e orientação aos usuários da sala, que já está em funcionamento nos três turnos da escola.
“A sala já está funcionando desde a sua inauguração nos três turnos: manhã, tarde e noite. As pessoas agendam para acessar o sistema do Governo, para ver os aplicativos da Minha Casa Minha Vida, têm muitas coisas legais que já vêm disponibilizadas nesses computadores, então é bem interessante. Também os programas do INCRA, o espelho do agricultor, o que ele deve, que projetos ele já acessou, qual é o prazo para pagamento dos financiamentos, tudo isso é possível visualizar ali. E, além disso, eles terão acesso a cursos que estão sendo preparados pelas universidades e a escola organizará turmas de agricultores e de estudantes para ministrar isso. Estamos bem interessados em fazer dar certo esse projeto”, destacou a diretora.
Ainda segundo Cleide, a expectativa é que o sucesso deste projeto-piloto, permita sua expansão para outras escolas, que é o caso da Escola Municipal Ensino Fundamental Paulo Freire, indicada para fazer parte do projeto, contribuindo para a inclusão digital e o desenvolvimento das comunidades rurais. “É uma conquista dos assentamentos da reforma agrária vinculados ao MST”, frisou.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário: “A configuração dos equipamentos buscou atender especificidades dos agricultores. Por isso, os computadores possuem mouse reforçado, a fim de facilitar o manuseio, e os terminais apresentam capacidade limitada de armazenamento interno, visando aumentar a vida útil, com foco na internet. Mesmo com esses cuidados, surgiram novas necessidades durante a implantação. Como resultado, os kits foram acrescidos de projetor e impressora e, em breve, receberão telão”.