Organizada pela Federasul, com o apoio de entidades e de parlamentares, aconteceu na tarde desta segunda-feira, em frente ao Palácio Piratini, manifestação contra aumento de impostos no RS.
Do caminhão de som, Rodrigo falou para cerca de 400 pessoas que deixaram suas atividades para mostrar ao governador seu repúdio ao aumento de ICMS e ao corte de incentivos fiscais, inclusive de produtos da cesta básica. Esses incentivos seriam retirados por decreto do governo publicado em dezembro, mas com prazo de vigência a partir de 1º de abril.
Para derrubar os decretos do governador, o deputado Rodrigo Lorenzoni apresentou ainda em dezembro, Projeto de Decreto Legislativo, que em 05 de março recebeu parecer contrário na CCJ. O deputado entrou com recurso ao plenário e, na terça-feira (26), por um voto, os deputados decidiram que o PDL devia prosseguir tramitando na Casa. Derrotado, o governador anunciou na quinta-feira (28), a ampliação do prazo para entrada em vigor dos decretos para 1º de maio e também a possibilidade de voltar a negociar aumento de ICMS, contando com deputados da base aliada.
Aumento de impostos é perverso
O ato contra os decretos e contra o aumento de impostos que já estava marcado, não foi suspenso.
Em sua manifestação, uma das mais aplaudidas da tarde, Rodrigo afirmou que se “a palavra dada tivesse valor para o governador Eduardo Leite, nenhum de nós precisaríamos estar aqui hoje, nenhum de vocês teria que ter largado a sua produção, o seu trabalho para hoje estar suplicando pelo que ele prometeu em campanha. Em campanha, Eduardo Leite prometeu que não iria aumentar impostos. Então hoje, o dia dos bobos, é o dia dele, é o dia da mentira dele. O aumento de impostos é algo perverso, é algo que nós todos, em maior ou menor grau, nos mobilizamos para combater nos últimos 30 anos no Rio Grande do Sul. O Rio Grande do Sul escolheu por 30 anos a política do aumento de impostos para pagar as contas da incompetência governamental. Deixe a economia trabalhar, deixe a atividade econômica prosperar, que todos vão arrecadar mais. Vamos seguir juntos, unidos, chamando o governo, chamando os deputados, chamando a sociedade civil organizada para a realidade, o povo gaúcho não aguenta mais pagar imposto. Chega de insistir na mesma receita para os mesmos problemas”.