sex, 6 de setembro de 2024

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DEMA e Inspetoria de Defesa Agropecuária monitoram movimentação de garças vaqueiras no município

As aves que, nos últimos anos haviam escolhido o Parque da Hidráulica para o período reprodutivo, neste ano encontraram outro local na entrada da cidade às margens da BR 158

Muito se discutiu sobre a aglomeração das garças vaqueiras no Parque da Hidráulica nos últimos anos por conta do barulho e principalmente do mau cheiro. Todos os anos, as aves em seu período reprodutivo escolhiam o local para fazer os seus ninhos e isso gerou uma série de problemas, tanto para os moradores, quanto para os órgãos ambientais que tratavam a questão, pois a presença dos animais gera, inclusive, riscos à saúde humana por conta de eventuais doenças que podem ser disseminadas, além do incômodo causado aos ônibus de turismo que ficam estacionados ao redor do Parque da Hidráulica.
Pois bem, em 2024, as aves resolveram, finalmente, escolher outro local para construir os seus ninhos, desta vez em uma propriedade particular, localizada às margens da BR 158, na região conhecida como a antiga Estrada das Tropas. Lá, há uma variedade de árvores de diferentes espécies que servem para as garças vaqueiras fazerem os ninhos. Desde que as aves migraram para lá, tanto a Inspetoria de Defesa Agropecuária, quanto o Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura, vêm monitorando a situação por consequência dos casos de gripe aviária registrados no Rio Grande do Sul. Neste sentido, a equipe da IDA, de Livramento, destaca que vem monitorando a situação todas as semanas, conversando com os moradores da localidade e avaliando a saúde de aves domésticas como galinhas, patos e gansos, pois em caso de circulação da doença esses animais seriam os primeiros a apresentarem os sintomas.
Sobre o relato de garças mortas na localidade, ou entorno, a Inspetoria de Defesa Agropecuária esclarece para a população que, durante o período de iniciação de voo, muitas aves acabam morrendo e que isso é um fator natural inerente à presença de doenças ou algo do tipo.
A reportagem do Jornal A Plateia também ouviu o biólogo Thiago Xavier dos Reis, do Departamento do Meio Ambiente (DEMA), sobre a mudança do local pelas aves. “Possivelmente, o adensamento pelo número de garças que se instalaram na Hidráulica, as próprias fezes foram criando uma película na vegetação, no caso os eucaliptos onde elas estavam instaladas, e isso foi diminuindo a projeção foliar do vegetal. Então, essas árvores terminam ficando desfolhadas, e por consequência, a luminosidade torna o local menos atraente para os animais. Esse fator pode ter provocado a falta de termorregularização no ambiente, e que pode ter sido um dos motivos de ter afastado elas do Parque da Hidráulica”, destaca.
Sobre a morte de aves no entorno do novo local, o biólogo explica que a região possui muitos taquarais e durante os primeiros ensaios de voo isso prejudica as aves. A mortandade desses animais tem duas possibilidades: durante o ensaio de voo, os indivíduos jovens por estarem no meio dos taquarais não conseguem fazer planagem de voo e acabam ficando engaiolados ou até mesmo caem com força no solo e acabam morrendo. É praticamente normal, dentro desses ninhais, uma taxa significativa de mortandade. Então, provavelmente esse seja o motivo”, explica.
Já sobre o mau cheiro no local, que possui vários residentes no entorno, o biólogo explica que o proprietário da área estava realizando a remoção de parte do taquaral para uma melhor circulação dos ventos. “O proprietário já tinha autorização para a retirada, pois a taquara é considerada uma gramínea isenta de licenciamento. Então, na tentativa de deixar um ambiente mais arejado foi tomada essa decisão para esse odor de amônia das fezes delas se dispersarem, porque o cheiro é muito forte. O mais correto seria a utilização de alguma técnica aviária com a utilização de cal virgem ou com o lançamento de serrilha para uma possível remoção, até que esses animais passem por este período de reprodução e busquem outro local para seu refúgio, encerra o biólogo.

Instituto Unimed | RS em reconstrução

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