Colunista Dana Badra
Chegamos no Carnaval. A mais famosa festa popular brasileira. Tão célebre que, junto com o futebol, fez o Brasil ganhar notoriedade como o país do ziriguidum e da bola no pé. Não há quem não aguarde a data, seja pelo feriado prolongado ou por seus festejos, mas… sabemos realmente do que se trata?
Até há pouco eu não sabia, então conduzi minha própria pesquisa (leia-se, pelo WhatsApp, para meia dúzia de amigos foliões) para saber se eu era a única desconhecedora. O resultado? Bom, digamos que foi o que me fez escrever este texto.
Partimos da minha enquete: não, o Carnaval não é brasileiro. Ele é herança de festas pagãs lá na antiguidade, que normalmente celebravam deuses e safras, e tinham no excesso – de comida e bebida, danças e prazeres carnais – sua regra absoluta.
PASMEM! É com a Igreja Católica que o Carnaval toma um formato mais próximo do atual. Quando a Igreja ascende, na Europa da Idade Média, tenta combater o “pecaminoso” festival de todas as formas. Não podendo com o inimigo, junta-se a ele, incorporando a festa em seu calendário oficial e dominando a forma como ela ocorre, em uma jogada de mestre! A data? Conveniência total: logo antes das restrições da Quaresma, dá-se a trégua aos fiéis.
É em Veneza que o Carnaval se consolida como é hoje. Lá, fazia-se tudo o que era proibido no resto do ano. Daí o uso de máscaras: pelo anonimato (e nós pensando que era pela “finesse”).
De lá, o Carnaval viaja pela Europa, adotando costumes locais e adaptando-se a cada região. Ao colonizarem novas terras, os europeus levavam consigo a tradição da folia cristã.
E o Brasil contaria a parte mais incrível desta história: como transformamos simples brincadeiras de rua vindas de Portugal no “maior show da terra”, o Carnaval Brasileiro.
Na próxima semana, um pouco mais sobre essa mágica