Os comércios de Sant’Ana do Livramento podem não abrir no feriado de Iemanjá, na próxima sexta-feira (02). Durante o Jornal da Manhã desta quinta-feira (01), o presidente do Sindicato do Comércio, João Wagner, relatou que o acordo feito entre o SindiLojas, Sindigêneros e a instituição que ele representa não foi assinado até o momento. Com isso, os comércios e mercados não poderão abrir no feriado. “Estamos conversando há semanas com o presidente do Sindilojas e do Sindigêneros, já tínhamos um acordo fechado que estava em convenção, só que agora no meio da semana tivemos uma interferência do Sindicato de Porto Alegre que é o que negocia aqui. A princípio estava tudo acertado, mas quando chegou neles, disseram que não assinaram o acordo que tínhamos acertado na mesa […] a porcentagem era de 4,41% para o piso da categoria e 4% para quem ganha acima do piso […] acho muito pouco esse índice de 4%”, comentou.
Ainda durante o programa, João destacou a importância dos trabalhadores e donos de empresas em respeitar a legislação. “Se não tivermos a convenção coletiva assinada, não poderão abrir no feriado […] Se tão ganhando 15 milhões, tem que passar um pouco pro trabalhador, pois isso vai girar a economia da cidade. Eu digo para o trabalhador que se não houver uma divulgação do sindicato dizendo que pode abrir o comércio amanhã, ele não deve ir trabalhar. Peço também que os donos de empresas da cidade que não abram, que respeitem a legislação. Se o trabalhador for forçado a trabalhar, tem que ser feita a denúncia”.
O presidente do SindiLojas, Sérgio Oliveira, comentou que ficou surpreso com a posição de João. “Até então, João Wagner foi uma pessoa muito boa de se negociar e sempre foi sensível a essa situação. Nos surpreendeu muito essa posição de agora, o presidente fez algumas exigências que não conseguimos cumpri-las […] Estamos na eminência de ter um prejuízo financeiro para cidade imensurável, pelo fato de não abrirmos o comércio esse prejuízo não recuperamos mais […] agora estava falando com a advogada que está intermediando para que possam junto ao presidente João ter uma sensibilidade e dessa forma voltar atrás e termos ainda a assinatura da convenção coletiva”, disse Sérgio.