Nesta última edição do ano, o Jornal A Plateia fez seis perguntas para a prefeita Ana Tarouco (PL). Na oportunidade, a chefe do poder Executivo Municipal de Sant’Ana do Livramento fez uma avaliação do ano de 2023 e projeta o ano de 2024. Ana destacou desde os momentos difíceis, com a perda de uma de suas “três mães”, como considerava, até momentos de glória, com a entrega de boas-novas para Sant’Ana do Livramento. Confira:
A Plateia – Qual foi, na sua opinião, o desafio mais importante de 2023?
Ana – “Eu acho que, para além de, pra mim, além de superar a perda que eu tive em julho, se é que dá pra dizer que a gente supera esse tipo de coisa, eu diria que foi a finalização da licitação e a entrega da obra da Brasília. Uma obra de anos parada, projetos muito, muito mal elaborados, que tiveram que ser refeitos, muita conversa de bastidores, muito entendimento, muito atraso”.
A Plateia – A Santa Casa de Misericórdia deve continuar sob intervenção?
Ana – Ela continuará sob intervenção, até porque eu tenho um sentimento de que, tão logo se finde a intervenção, nós vamos começar a ter problemas de novo. Existem muitos interesses em jogo nessa questão. Com certeza, se dependesse de mim, pra eu ter um pouco mais de paz, sem dúvida (finalizaria a intervenção), mas encerrar, não iria terminar a minha “incomodação”, iria exponencializar à medida em que a gente sabe que é refém de algumas práticas antigas”.
A Plateia – A licitação do transporte coletivo sai em 2024?
Ana – É uma resposta que eu não tenho, porque o plano de mobilidade urbana ainda não foi apresentado e ele é uma condição importante. Na licitação do transporte, eu vejo duas questões. A primeira delas é a própria licitação, o próprio termo de referência, que eu não sei se nós temos condições técnicas de elaborar esse termo e nós não teríamos que licitar uma empresa para fazer esse termo de referência, para não ter a licitação judicializada. A segunda é o medo que a gente tem de termos uma licitação deserta, que é muito comum em Livramento”.
A Plateia – Livramento está como a senhora imaginou que estaria ao final deste penúltimo ano de governo?
Ana – “Eu posso te dizer, honestamente, que eu enxergo que ela está melhor do que eu imaginava. Eu confesso que eu não imaginei que eu e a equipe toda de servidores pudéssemos alcançar tantas demandas que nós alcançamos em pouquíssimo e curto espaço de tempo, porque, convenhamos, três anos é um curto espaço de tempo para uma cidade abandonada como recebemos. Então, este ano foi de muitos resultados positivos e muitas problemáticas também, óbvio, mas isso sempre vai existir. É um fator a ser comemorado, assim, para além das dificuldades, nós precisamos reconhecer o esforço, a dedicação e o retorno do dinheiro público que Sant’Ana tem hoje”.
A Plateia – Alguns dos seus assessores já se declararam pré-candidatos nas próximas eleições. A senhora já pensou nos nomes que devem assumir no lugar deles? – Especialmente no primeiro escalão.
Ana – “A gente está muito focado na administração pública e temos deixado a questão das eleições para um momento mais oportuno, embora nos bastidores se converse. Não tem nada pensado em relação a isso e até por uma escolha nossa e por um desejo nosso de primeiro focarmos na cidade para que depois, no segundo momento, a gente possa pensar sobre a questão eleitoral.
A Plateia – O que os santanenses podem esperar da Ana e do seu governo em 2024?
Ana – “O mesmo de sempre. Um compromisso genuíno com o dinheiro público, uma transparência absurda, uma honestidade que se percebe, um esforço para que as coisas saiam do papel, para que as coisas aconteçam, porque a gente tem destravado muita coisa antiga. Só esse ano de 2023 a gente tropeçou e destravou: a Simón Bolívar, que não era nossa; o Batuva, que não era nosso; a Vila Brigadiana, que está sendo destravada… A gente não tem conseguido fazer aquele muito que era o que eu e o Evandro queríamos, porque a gente ainda esbarra em muita coisa antiga, parada. Nós temos um compromisso com a cidade, independente de quem do ano, de quem foi, de quem trouxe, nós temos um compromisso com aquilo que é bom para Sant’Ana. Então, acho que é isso que a cidade pode esperar, mais compromisso, mais dedicação, mais empenho”.