As principais bolsas asiáticas encerraram a quarta-feira sem direção única, com os futuros em Wall Street operando levemente no terreno negativo e as bolsas europeias reagindo à piora dos dados econômicos e à desaceleração da inflação, que vão sublinhando as expectativas de cortes nas taxas de juro no próximo ano.
O rendimento do título de 10 anos da Alemanha caiu abaixo de 2% pela primeira vez em nove meses, depois que um relatório mostrou que os preços ao produtor caíram mais do que o esperado em novembro. O índice Stoxx Europe 600 avança cerca de 0,4%, liderado por ações do setor imobiliário e de varejo, mais sensíveis às taxas de juros.
O índice de referência FTSE 100 do Reino Unido é o destaque na região, avançando 1,3%, depois de os dados terem mostrado que a inflação abrandou mais do que as estimativas dos analistas em Novembro, reforçando a pressão para que o Banco da Inglaterra inicie seus cortes nas taxas no próximo ano. A libra caiu para o mínimo de três semanas e o rendimento dos títulos de dívida de 10 anos recuou 11 pontos base.
Os investidores também apostam que a desaceleração da inflação e o abrandamento do crescimento econômico levarão o Banco Central Europeu a começar a reduzir as taxas no próximo ano. Os mercados monetários prevêem perto de 50% de probabilidade de um corte nas taxas do BCE até março do próximo ano.
Já a especulação sobre a flexibilização do Fed, está deixando os investidores mais otimistas desde o início de 2022, mostrou uma pesquisa do Bank of America. Os traders também têm liquidado apostas em rendimentos mais elevados a curto prazo nos EUA.
O presidente do FED de Richmond, Thomas Barkin, reforçou o tom mais pacífico, sugerindo que o banco central dos EUA baixaria as taxas de juro se o recente progresso na inflação continuasse. No entanto, outros decisores políticos reagiram de forma mais agressiva às apostas de redução das taxas. O presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee , e Loretta Mester, do Fed de Cleveland, sugeriram na segunda-feira que as expectativas ainda são prematuras.
Por aqui, a agência de risco S&P (Standard & Poor’s) elevou a nota de rating da economia brasileira de BB- para BB. A perspectiva foi classificada como estável. O anúncio foi feito depois da aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma tributária no Congresso.
O grau ainda é considerado como especulativo. Ou seja, a nota BB ainda não dá ao Brasil o grau de investimento, segundo o critério da S&P. Para atingir o grau de investimento, terá que subir para BBB-, ou duas notas acima. Foi a 1ª elevação na nota de risco do Brasil na Standard & Poor’s desde 2011.
A outra boa notícia é que o Brasil passou a Rússia e o Canadá no ranking das maiores economias do mundo e chegou à nona posição. No ano passado, o país estava na décima primeira posição. Segundo o FMI, essa melhora teve como motores o agronegócio e o setor de serviços