Nas últimas semanas, o Parque Internacional virou o centro das atenções das autoridades de segurança pública e dos empresários, pois dezenas de pessoas em situação de rua vem causando transtornos a quem passa pelo local.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Livramento (ACIL), Roberto Fervenza, e o presidente da Associação Comercial e Industrial de Rivera, Carlos Sanchez, entregaram nas mãos do Presidente uruguaio Lacalle Pou e do Ministro das Comunicações, Paulo Pimenta, uma proposta de Memorando de Entendimento a ser firmado entre o Brasil e o Uruguai, para uma administração conjunta da Praça Parque Internacional, pela Prefeitura Municipal e a Intendência Departamental de Rivera.
O objetivo é criar um Conselho Binacional deliberativo e opinativo com o propósito de discutir ações conjuntas de interesses das duas cidades. O documento ainda enfatiza que devido a dupla nacionalidade, essa diferença só poderá ser resolvida por meio de “uma administração conjunta e integrada”, já que a legislação brasileira impede iniciativas de municipalidades para celebrar acordos em cidades gêmeas. Para a ACIL e ACIL, somente este documento permitirá a recuperação do Parque Internacional.
SEGURANÇA
A Brigada Militar vem realizando constantes ações no interior do Parque, com o intuito de impedir brigas e arruaças no interior do Cartão Postal.
Para o comandante do policiamento ostensivo do 2º RPMon, capitão Alanor Rodrigues, ações periódicas de policiamento seguirão sendo feitas, mas (pede) que a população ocupe os espaços públicos, as praças, no intuito de inibir qualquer prática ilícita ou criminosa. Segundo ele, a grande maioria dos abordados em situação de rua são uruguaios que ali se instalam. “Trabalhamos um pouco também com a questão de não ter uma legislação específica para tomar alguma providência com essas pessoas. Temos a questão social, que envolve não só a Brigada, mas outras instituições”, destacou.
PROBLEMA SOCIAL
De acordo com a Secretária Municipal de Assistência e Inclusão Social, Maria Drekener, parte dessas pessoas são moradoras do Albergue Municipal. As outras, lá não querem morar por não se adaptarem as suas regras. A secretária explica que não há como resolver esse problema, por conta da portaria assinada pelo Ministro Alexandre de Moraes que proíbe a retirada compulsória de pessoas em situação de rua.
“A Assistência Social não tem o que fazer. O que nós fazemos é oferecer o Albergue, tentamos conversar com eles, pedimos documentação para poder fazer Bolsa Família e pedir benefícios. A parte assistencial está sendo feita. Ocorre que se nós os tirarmos dali estaremos cometendo um crime”, declarou.