ter, 1 de abril de 2025

Variedades Digital | 29 e 30.03.25

NAPOLEÃO E SUA VERSÃO CINEMATOGRÁFICA

Buenas!

O Cinema já foi chamado de sétima arte e, como já disse, sem arte o mundo fica, para dizer o mínimo, sem graça. Lembram dos tempos inolvidáveis da pandemia? Todo mundo trancado em casa, cinema fechado, vai acabar, crise, viva o streaming, estamos salvos, temos tudo com internet e controle remoto, que se exploda o cinema, não é?

Ainda bem que, com o fim dos tempos pandêmicos – ao menos por agora –, o cinema voltou com força. A concorrência com o streaming permanece, ele veio para ficar, mas é uma concorrência saudável, diria.

Nada diferente dos anos 1950 em diante, quando disseram que o cinema seria enterrado pela tevê, o mesmo ocorreu nos anos 1980, com o advento do videocassete, depois com os DVDs e, vejam vocês: tá aí o cinema, tão poderoso como sempre.

Fiz questão de comprovar tal premissa. Municiado de algum tempo e interesse científico, fui ao cinema. Aleatoriamente, escolhi um filme qualquer: “Napoleão”. Bem capaz, escolhi esse porque sou fã de história, e do baixinho. E foi um dos maiores homens da história da humanidade. Sem nascer em berço de ouro, conquistou a Europa quase inteira, mexeu com o eixo do planeta, influenciando até na história do Brasil!

Já sabemos do que se trata, agora vamos saber quem trata o tema. O diretor é Ridley Scott, que fez Alien, Blade Runner e Gladiador, dentre outros. Pronto, já vale o preço do ingresso, sem a menor sombra de dúvida. Um especialista em grandes filmes, que exigem a tela grande do cinema, o som ambiental, não o ecrã de uma televisão, por maior que elas sejam nos dias atuais.

O ator é Joaquin Phoenix, que fez “Joker” magistralmente e ganhou todos os prêmios possíveis pela atuação. Coringa, que já rendeu Oscar para dois outros atores, rendeu para ele também que incorporou um Coringa em início de carreira.

E se você está lendo isso e não assistiu todos os filmes citados acima, há uma lacuna em sua formação cinematográfica, para não dizer moral. Largue esta leitura e procure estes filmes, assista-os em sequência e depois volte para cá e me agradeça de joelhos por ter apresentado estes filmes sem ter cobrado nada!

Impossível não citar Vanessa Kirby, que interpreta Josephine, a esposa do imperador francês. Não fosse ela uma das mulheres mais lindas do mundo, ela conquistaria a todos pelo talento e voz. Uma voz equivalente à sua beleza, então, tentem imaginar o que é a voz desta atriz britânica…

Pronto, nada mais iria me impedir de assistir este filme, muito menos críticas de críticos de cinema ou de historiadores. E o filme recebeu diversas. As mais contundentes, pesaram a mão no fato do diretor trocar algumas datas ou cenários envolvendo a personagem principal.

Primeiro, o filme não é um documentário. Segundo, o grande cinema exige costuras grandiosas, precisa cativar e emocionar a plateia. É óbvio que o diretor e roteirista utilizaram alguma licença poética para tanto, senão não seria arte. Se quer algo fidedigno à história, melhor é ler uma biografia, e Napo tem várias. Procure!

E o filme vale cada minuto dos mais de 150 que ele dura. A química entre Phoenix e Kirby é cativante. Ambos fizeram com maestria o dever de casa e apresentaram um Napoleão apaixonado e inseguro diante de uma mulher vivida e forte, além de belíssima, contrastando com a imagem do general e imperador que subjugou as maiores nações do Ocidente e colocou a Inglaterra no córner por anos.

E isso pode ser visto pelas lentes do diretor, que quis deixar ao alcance da plateia, a partir dos olhares e diálogos tal intimidade. Claro, não poderiam faltar as cenas de batalha, umas das especialidades do diretor e de Napoleão. Grandiosas, sangrentas, explosivas, como foram naqueles tempos de baionetas, espadas e pólvora…

Apesar de tudo, não há como esquecer as milhares e milhares – dizem que foram milhões – de mortes promovidas em batalhas em que ele liderou e lutou ombro a ombro com seus homens. Foi sangue demais, inclusive para tempos sangrentos, quase escorre pela tela.

Ou seja, um filme deste quilate até pode ser visto na tevê. Porém – não podemos deixar o porém de fora –, a tevê não irá entregar tudo que ele possui.

Por isso, fica aqui a dica, se morarem em uma cidade que tem cinema, é claro. Peguem suas pernas, uma garrafa d’água – pois refri e pipoca fazer muito barulho, mas pipoca doce de cinema, só no cinema – e vão assistir este filme, garanto que não irão se arrepender. Ou qualquer um do seu agrado. Não ganharei nada com isso, mas o cinema, a sétima arte e vocês, principalmente, vão me agradecer…

Motorista é indiciado por homicídio culposo de quatro pessoas em acidente na Faxina

A Policia Civil de Sant’Ana do Livramento remeteu ao Poder Judiciário, no dia 31 de março de 2025, os autos do inquérito policial referente ao acidente de trânsito ocorrido entre um caminhão e um micro-ônibus com turistas, fato ocorrido em 29 de março de 2024 na BR 158 próximo ao Trevo da Faxina. O motorista do caminhão foi indiciado por