sex, 6 de setembro de 2024

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RS recebe pela primeira vez a Conferência Mundial de Frutas Processadas de Caroço

Região sul do Estado é a maior produtora de pêssego em calda do país
POR ALEXANDRE FARINA / ASCOM

O Rio Grande do Sul é referência no país no cultivo de frutas com caroço, sendo responsável por 100% do pêssego em calda fabricado no Brasil. Essa posição de destaque atraiu a comissão organizadora da 15ª edição da Conferência Mundial de Frutas Processadas de Caroço (Cancon 15), que pela primeira vez acontece no Brasil, por meio do Rio Grande do Sul. O município de Pelotas foi escolhido para sediar o evento, de 29 de outubro a 1º de novembro, com a presença de fabricantes de pêssego em caldas, e outras frutas, de nove países além do Brasil (África do Sul, Argentina, Chile, China, Espanha, Estados Unidos, Grécia, Itália). A ideia foi apresentada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do RS (Sedec) pela comitiva oficial do evento, que destacou a importância do Estado nesse segmento. A Sedec, em nome do, governo do Estado, é apoiadora institucional, desse evento internacional, que se enquadra dentro do escopo da secretaria, de promoção e investimento de capital estrangeiro no Estado.

Além da relevância do Estado ser escolhido para receber a Cancon 15 no Brasil pela primeira vez, o secretário da Sedec, Ernani Polo, enfatiza a relevância do segmento para o Estado, no que tange aos desdobramentos socioeconômicos. “O setor dispõe de onze indústrias instaladas na região Sul do Estado que geram 20 mil empregos diretos e 6 mil indiretos, o que já demonstra força de trabalho para a população gaúcha”, disse.

O diretor do Departamento de Promoção Comercial, Investimentos e Assuntos Internacionais (DPCI), Evaldo da Silva Junior, que atua nas relações de expansão comercial internacional, avalia positivamente o evento. “É muito importante para realçar a produção da metade Sul do Estado ao ampliar a exportação do pêssego em calda, além da possibilidade de atração de investimento estrangeiro e desenvolvimento de projetos futuro”, salientou. A assessora do DPCI, Astrid Schunemann, está representando a Sedec no evento, mediando e captando negócios para expandir a participação do Estado nesse negócio.

A Cancon 15 reúne empresários fabricantes de Pêssegos em Calda e outras frutas com Caroço, que reúne a cada dois anos delegações de diversos países para discutir custos, rumos do mercado global, estratégias para aumento do consumo, novas tecnologias industriais e agrícolas, sustentabilidade setorial, entre outros assuntos.

A história do pêssego

A produção de frutas com caroço, mais especificamente o pêssego em calda, teve seu início de industrialização em Pelotas nos anos de 1880, tornando-se um dos setores mais importantes para a economia gaúcha.

Cerca de mil micro e pequenas propriedades rurais estão envolvidas na produção de pêssego em calda, situadas nos municípios de Pelotas, Morro Redondo, Canguçu, Piratini, Arroio Grande, Cerrito Alegre e São Lourenço.

Nos últimos 4 anos, o setor começou a exportar e atualmente, 20 % da produção vai para o exterior, sendo a América do Sul como principal destino. O Brasil está entre os dez produtores mundiais de pêssego em calda, com uma produção estimada em 60 toneladas por ano.

Sucessão familiar na produção de pêssego

Um dos benefícios do consumo de pêssego para a saúde é o potencial antioxidante e anti-inflamatório deste fruto. Devido aos bons números de produtividade, mercado e remuneração dentro do cultivo das frutas com caroço, o pêssego torna-se boa opção para garantia de renda, expansão do negócio e também na sucessão familiar. A renda média estimada para a produção de pêssego em calda é de R$ 140 mil por safra.

“O pêssego é uma fruta que possibilita um movimento de permanência no campo dos filhos dos produtores. Digo isto no que percebo e também pelo que aconteceu comigo, com meu filho, que se formou e retornou para nossa propriedade, trazendo conhecimento para melhorar a produtividade. O pessoal está estudando e voltado para produzir pêssego”, disse agricultor familiar de Pelotas, , Celmar Schaffer Raffi.

“A excelência de nossa produção começa na base, com os agricultores familiares, onde temos mão de obra qualificada, uso de tecnologia, apoio em pesquisa e na lavoura com Emprapa e Emater, o que faz do produto que produzimos um diferencial mundial”, afirma o vice-prefeito de Pelotas, Idema Barz.

A produção de pêssego na zona Sul do Estado remonta ao século dezenove, onde já se faziam compotas. Com uma significativa área plantada, a produção da fruta cresce cada vez mais: “Sediar este evento em Pelotas também é um resgate histórico, pois a produção de pêssego em calda se confunde com a história da cidade, já que desde 1880 faziam-se compotas. Estamos com uma área plantada em torno de 5 mil hectares, com produção estimada em 60 milhões de latas de pêssego. Começamos a exportar nosso produto para a América Latina e isso nos orgulha muito,” destaca o presidente do Sindicato das Indústrias de Doces e Conservas Alimentícias de Pelotas, Morro Redondo e Capão do Leão (Sindocopel), Paulo Afonso Crochemore

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