As bolsas asiáticas e europeias abriram a segunda-feira no terreno negativo, ampliando as perdas da semana passada, devido à preocupação de que os lucros da temporada de balanços do 3T2023 sejam mais fracos do que o esperado. Os títulos do Tesouro americano e o petróleo recuam.
O índice europeu Stoxx 600 cai 0,5% e os futuros de ações em Wall Street operam levemente em queda. O rendimento dos títulos de 10 anos dos EUA subiu sete pontos base, para 4,98%, com o petróleo Brent caindo para US$ 92 por barril, enquanto o ouro vai perdendo a máxima de cinco meses.
Os investidores estão acompanhando de perto os acontecimentos no Oriente Médio depois que o Hamas libertou dois reféns dos EUA e a ajuda começou a chegar através da fronteira do Egito com Gaza no fim de semana. Ainda assim, a trégua pode revelar-se passageira, com Israel a intensificar os ataques aéreos a Gaza em preparação para a “próxima fase” do seu conflito com o Hamas, ao mesmo tempo que alerta que o Hezbollah corre o risco de arrastar o Líbano para uma guerra regional mais ampla.
Na Argentina, os investidores preparam -se para uma sessão de liquidação após o ministro da Economia, Sergio Massa, ter tido um desempenho melhor do que o previsto na votação presidencial de domingo, frustrando as esperanças de uma vitória absoluta de um candidato considerado mais favorável ao mercado.
Esta semana, os investidores estarão de olho em pistas sobre as perspectivas para as taxas de juro globais com leituras de inflação na Austrália e no Japão, bem como dados da atividade econômica nos EUA e na Europa. O presidente do Fed, Jerome Powell, fará comentários e o Banco Central Europeu apresentará uma decisão política no final da semana.
Na Ásia, as ações da China lideraram as quedas em meio aos problemas do setor imobiliário , enquanto Pequim anunciou uma série de investigações sobre o Foxconn Technology, o parceiro mais importante da Apple.
Por aqui, o governo poderá apresentar um rombo de até R$ 28,6 bilhões no resultado primário em 2024 para cumprir a meta fiscal. A IFI (Instituição Fiscal Independente do Senado) calculou a margem de manobra possível no Orçamento do próximo ano em razão da nova regra fiscal.
O mecanismo que substitui o teto de gastos define um intervalo de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB (Produto Interno Bruto) para o saldo primário anualmente. Para 2024, o governo estabeleceu meta de déficit zero.O saldo primário é formado pela subtração de receitas contra despesas, sem contar com os gastos com juros da dívida. Com a sanção da Lei Complementar 200/2023, que instituiu o novo marco fiscal, houve uma alteração na Lei de Responsabilidade Fiscal.
A mudança estabelece que o anexo de metas fiscais do projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) deve conter os intervalos de tolerância de 0,25 p.p. Para o próximo ano, o texto estima que o PIB será de R$ 11,5 trilhões em termos nominais.