A crise do setor leiteiro gaúcho é uma questão muito séria e que merece atenção especial.Em 6 anos, no Rio Grande do Sul, mais de 40 mil produtores deixaram a atividade, o que equivale a 52% do total.Informações preliminares apontam que o Estado possui atualmente número perto de 30 mil produtores, fato que causa grande preocupação e indignação. Em algum momento, diante desses dados, há de se atentar a probabilidade de indicação de redução drástica no abastecimento do produto, o que atingiria em cheio a população do campo e da cidade.O leite é um alimento completo, contendo todos os nutrientes essenciais a nossa saúde e fornecendo diversos benefícios à cicatrização, saúde óssea, ganho muscular e até mesmo emagrecimento.Se é verdade que os custos de produção só aumentaram e o crédito está mais caro, também é verdade que a falta de mecanismos que possam priorizar o consumo do leite produzido no Brasil, impondo cotas de importação do leite vindo dos países do Mercosul se torna imprescindível nesse momento. A notícia da compra de R$ 100 milhões de leite em pó por parte da Conab é uma boa notícia, todavia não ataca o problema principal.Diante das intempéries climáticas que vem atingindo o estado, com fortes estiagens e até mesmos ciclones, algo que impacta diretamente nas pastagens e na produção leiteira, urge uma política governamental para o setor, de forma a contemplar desde o estímulo à sucessão familiar na propriedade, passando pela renegociação de dívidas, estabelecimento de preço mínimo justo ao litro de leite, chegando até a proteção da produção gaúcha e brasileira.O setor leiteiro precisa de apoio e esse é um problema de todas as esferas de governo e parlamento.Afonso Hamm – Deputado Federal (PP/RS)
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