Repercutiu na sessão desta segunda-feira (10), na Câmara Municipal, a declaração do vereador Felipe Torres (sem partido), onde disse que recebeu uma denúncia de “rachadinha” e que está investigando o caso. O primeiro a se manifestar, foi o presidente do Poder Legislativo, Maurício Galo Del Fabro (Progressistas), que considerou o assunto “bem delicado”. Para ele, o seu colega teria colocado os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em “maus-lençóis”. Diante disso, Galo sugeriu “que abra logo uma CPI […] para que ninguém fique sob suspeita”.
Os vereadores do PDT, Enrique Civeira e Maria Helena Duarte, também se manifestaram sobre o assunto. “O vereador Felipe se refere a um órgão público, mas de certa forma, deixa claro que o órgão público é esta Casa. Porque a partir do momento em que ele diz que vai repassar ao presidente da Casa, o esquema de rachadinha não é no Judiciário, nem no Executivo. É de algum gabinete desta Casa e tem que deixar claro isso aí. Ele não vai repassar caso de rachadinha do Executivo ou Judiciário ao presidente da Casa, daí teria que repassar ao Ministério Público”, comentou o Civeira. O parlamentar ainda declarou que o Felipe Torres “deveria ter a mesma coragem de dizer que tem rachadinha, dizer onde foi a rachadinha”. Já Maria Helena declarou que é favorável a abrir uma investigação. “No Judiciário é assim: se tu faz um registro de ocorrência e essa ocorrência é mentirosa, tu responde por falsa comunicação de fato e houve aqui a comunicação de um fato. Então, se houve a comunicação de um fato e o comunicante fez essa comunicação de forma falsa, eu acho que cabe a esta Casa tomar as providências”, opinou Maria Helena.
Sobre o caso, o vereador Lídio Mendes (PTB) fez um apelo: “tem que dar nome aos bois”. De acordo com informações, amanhã um documento deverá ser elaborado pela Procuradoria Jurídica da Câmara, sugerindo ao vereador Felipe Torres que proponha a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar de maneira oficial as suas suspeitas.