sex, 6 de setembro de 2024

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Aplateia Digital | 31 e 01.09.24

Última Edição

Sob a égide da inteligência artificial

Buenas!

 

            Por óbvio todos vocês já sabem da tão falada Inteligência Artificial, não é? Assunto dos mais comentados pela mídia e que passarei a chamar somente de IA – para facilitar o trabalho do cronista –, é uma tendência mundial, que assusta até os donos do Facebook e do Twitter. Por quê?, pergunta o assustado leitor. Não é fácil entender, mas tentarei explicar.

Vez ou outra, vocês não recebem mensagens numa das tantas redes sociais com propaganda de algum produto que comentou com alguém por whats ou pesquisou num site aleatório? Isso é a IA operando, mas não se assustem, é só o seu começo…

O sistema do IA vai além responder uma simples pesquisa, ele é capaz de aprender consigo mesmo, é um avanço tecnológico que permite que sistemas simulem uma inteligência similar à humana, podendo tomar decisões por conta própria, utilizando os gigantescos bancos de dados que as grandes empresas possuem na atualidade.

Eu fiz faculdade e mestrado quando o computador já ajudava nas pesquisas, mas era muito pouco. Em geral, quando precisa copiar uma citação de um livro, tinha de digitar tudo, citando a fonte, obviamente. Quando virei professor, o mais complexo era mostrar para o aluno que ele fez somente um copia-e-cola, ao invés de formular seus pensamentos no papel…

Tenho um amigo que é professor de Literatura da PUC-RS. Ele comenta que, para lidar com o plágio, contavam com aplicativos que fazem uma “varredura” nos TCCs, dissertações e teses, encontrando cópias de textos alheios sem as devidas citações. Os alunos inescrupulosos são expurgados para o oitavo círculo do inferno de Dante, local destinado aos fraudadores.

Contudo, com o avanço da IA, os professores das universidades temem que ela possa embaralhar os textos a tal ponto que crie novos documentos, burlando o filtro dos aplicativos, entregando, na bandeja da impressora, uma tese de doutorado toda feita pela tal “inteligência”, sem trabalho algum ao acadêmico, vulgo, ‘espertalhão’…

Eu cá de minha parte garanto, todos os meus escritos são de minha lavra! Consulto o Google, dicionários on-line, Wikipédia, pois meu banco de dados é imenso, mas tem seus limites e falhas, ainda com o transcorrer do tempo. Erico Verissimo tinha coleção de dicionários, assim como todo bom escritor do século XIX e XX.

Porém – meu famoso porém –, como escritor do século XXI, faço uso dos sites citados, pela praticidade, apesar de ter dois ótimos dicionários na prateleira. E eu garanto que reúno meus textos, seleciono as palavras, crio sempre um texto novo, viu? Mas nunca se esqueçam que “nada se cria, tudo se transforma“, como vaticínio Lavoisier.

E como será o trabalho no futuro? Segundo relatório do banco Goldman Sachs, mais de 300 milhões de postos de trabalho no mundo serão afetados pela evolução do IA, podendo ser substituídos por plataformas criativas. Imaginem daqui a uns dez anos, quando os computadores forem mais rápidos que os atuais, o que será de nós?

Conforme o site tecnoblog, os economistas estão chamando a IA de “quarta revolução industrial”, tal o potencial que ela tem de alterar os sistemas produtivos e de serviços das maiorias dos países do mundo. E agora? O Alberto e o Jorge que nos digam…

 

– Alberto, tu que escreve relatórios na tua empresa, Já mexeu neste tal de chat GPT?

– Eu ainda não tive interesse. Aliás, acho que tenho é medo, Jorge.

– Que bobagem, o mundo está evoluindo naturalmente…

– Evoluíndo? Naturalmente? Assistiu “2001: uma odisséia no espaço”? O filme é de 1968, nem existiam computadores pessoais, mas eles já previram que o mundo iria ser dominado por “eles”…

– Não é para tanto, aquilo é ficção…

– Assistiu “Eu, robô” ou leu o livro? Ou viu “Blade Runner”? O último é ruim, mas o primeiro, de 1982, diz tudo! Os robôs vão pensar, não vamos diferenciar de um humano de verdade.

– Lembro, assisti também “Matrix”, de 1999. A IA toma conta de tudo e os humanos que sobrarem serão segregados. Mas é ficção, Alberto…

– Ficção ou não, Jorge, eu estou muito preocupado. Óbvio que tu assistiu os filmes do Schwarzenegger, a série “O exterminador do futuro”. Ali tá tudo explicado! Eles vão dominar o mundo e acabar com a raça humana!

– Capaz, Alberto. Não tem como…

Depois do debate, cada um foi para um lado, cuidar de seus afazeres. Ao se despedir de Alberto, Jorge sentiu seu telefone celular vibrando em seu bolso, não como se recebesse um alerta, mas como se o aparelho soltasse uma risada gorda e faceira…

Não encontrou nenhuma mensagem na tela…

Instituto Unimed | RS em reconstrução

Há exatamente um ano, nosso estado sofreu a primeira grande enchente deste século e em maio deste ano novamente fomos fortemente impactados pelas chuvas. Desde então, temos caminhado juntos, enfrentando desafios e superando obstáculos. A jornada tem sido árdua, mas também repleta de momentos de união e solidariedade. Queremos expressar a nossa profunda gratidão a todos que se uniram a