Divulgar a produção agropecuária do país e assim conquistar novos mercados para o principal setor da nossa economia é a missão de um grupo seleto de empresários brasileiros e profissionais ligados ao setor que, desde o dia 18 de maio, participam de uma das maiores feiras de alimentos do mundo: a SIAL China 2023. O evento, que encerra neste sábado em Shanghai, possui uma importância estratégica para o Brasil, pois se trata da abertura do mercado internacional para os principais produtos do setor primário, entre eles, a carne bovina.
E quem recebeu a missão de apresentar ao mercado asiático e mundial a qualidade e diferenciação da produção da carne brasileira a convite da APEX, CNA, Ministério da Agricultura e Associação Brasileira de Angus foi a médica veterinária santanense Ana Doralina Menezes, Gerente do Programa Nacional Carne Angus Certificada. Em entrevista exclusiva para o Jornal A Plateia, Ana comenta a grandiosidade do evento que possui 215 mil metros de área total com 8 pavilhões e mais de 180 mil profissionais do mundo todo e 5.500 expositores. “Todos os grandes exportadores estão aqui. Na produção de carne, por exemplo: Argentina, Uruguai, Austrália, França, Espanha, Inglaterra, Chile, Paraguai, União Europeia (mostra muito a questão do suíno). Muitos estandes de carne ovina. Então, aqui nós podemos ver uma grande diversidade de proteínas e as suas origens. Pois, o mercado chinês é muito competitivo com uma grande demanda de carne. E o que a gente escuta deles é exatamente isso. Eles querem saber o volume de produção, a origem, a capacidade de exportação. Mesmo o país importando uma quantidade muito expressiva todos os anos, o que nós ouvimos das pessoas que vêm nos visitar no nosso estande do Brasil é que eles (consumidores chineses) têm uma dificuldade muito grande de encontrar o produto, no entanto, a grande maioria dos importadores e fornecedores já ouviram falar da nossa qualidade e conhecem o produto”.
Ana destaca ainda que existe muito interesse dos visitantes sobre os padrões de qualidade de abate e manejo. “Eles querem saber sobre padronização e certificação, diversidade do produto e seus cortes, a origem, são muito preocupados com o SIF (Selo de Inspeção Federal) que nada mais é do que o selo de inspeção de alimentos de origem animal. Então, a gente vê aqui na Feira uma competitividade muito grande, temos ao nosso lado, por exemplo, o estande da carne australiana, argentina, uruguaia, onde todos eles posicionam a raça, e neste sentido a Angus tem um destaque especial, além, é claro, das raças europeias.


Aplateia Digital | 19 e 20.04.25
SÁBADO E DOMINGO 19 E 20 ABRIL