ter, 8 de abril de 2025

Variedades Digital | 05 e 06.04.25

Estudo vai diagnosticar elos da cadeia do arroz

A Câmara Setorial Nacional do Arroz se reuniu na manhã desta terça-feira, 14 de fevereiro, primeiro dia de atividades da 33ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, em Capão do Leão (RS). O encontro foi realizado no Auditório Frederico Costa e tratou, entre outros temas, de uma estudo que irá mapear a cadeia do arroz, e será coordenado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da escola de Agronomia da Universidade de São Paulo (Cepea-Esalq/USP) e Embrapa.

Conforme o presidente da Câmara, Daire Coutinho, as entidades do setor estão firmando os contratos com as suas participações e, dentro de três meses, é possível que se tenha os primeiros resultados deste diagnóstico da cadeia. Serão observados detalhes desde o lado de dentro da porteira até a visão do consumidor sobre o produto. “As entidades de uma forma geral estão colocando para o Cepea e para a Embrapa as suas necessidades e sob que ótica gostarão deste trabalho e eventualmente ele deve iniciar nos primeiros dias de março. Vai se desenrolar fazendo uma análise objetiva de todos os elos da cadeia, desde a participação de insumos até as questões de consumo”, detalhou Coutinho. Segundo ele, o consumo tem sido tratado como um subíndice do quadro de oferta e demanda.  Esta será a primeira vez em que uma pesquisa deve levantar a realidade do consumo de arroz do Brasil.

Para Daire Coutinho, de uma maneira geral a cadeia está muito homogênea. Ele acredita que os dois últimos anos trouxeram ao produtor de arroz uma situação diferente dos anos anteriores e como resultado, até por uma busca pessoal do produtor por outras alternativas, houve o incremento no plantio de soja, de milho e da própria pecuária. “Assim como das entidades que enxergaram também esta dificuldade e trouxeram ao produtor a visão dessa necessidade de mudança. E hoje a gente tá vendo aqui na Abertura da Colheita do Arroz, quem vai lá nos estandes, quem vai nas lavouras, vê lavouras outras que não só arroz. Isso trouxe o produtor para uma situação um pouco diferente dos últimos anos que ele vivia”, avaliou o dirigente. Ser multissafras, para Coutinho, é um caminho sem volta. “Acho que isso veio, vai ficar, regiões como a minha ali em Camaquã a gente está vendo não mais o crescimento da soja, mas sim o crescimento da soja irrigada e o produtor investindo muito nisso e com certeza isso veio para ficar”, disse. Ele conta que o assentamento do Banhado do Colégio, em Camaquã, foi pioneiro na produção de milho e hoje se está vendo o voltar uma produção de milho para estas áreas que eram efetivamente, há alguns anos atrás, exclusivas de arroz. “Se brigava por mais áreas de irrigação de arroz e hoje sobra, na área da barragem do Arroio Duro, água para irrigação de arroz e esta área está sendo usada para irrigação de soja”, detalha.

Ele também celebrou a fala do  presidente da Federarroz, Alexandre Velho,a respeito da evolução da cadeia produtiva do arroz. “Nós vimos hoje nas palavras do Alexandre um reconhecimento de que algumas das dificuldades extrapolam a relação e estão lá no consumidor, lá no varejo, que infelizmente é ente desta cadeia, mas não participa. Então eu acredito que toda essa evolução que vem acontecendo internamente vai nos trazer a possibilidade de entender um pouco mais estas questões do consumo e este levantamento pela Cepea e Embrapa vai focar muito nisso e hoje é uma atitude a ser conhecida”, avaliou Daire Coutinho. A estimativa é de que serão conhecidas não só a relação de consumo em relação ao produto, mas das próprias questões do consumidor, como ele encara toda a cadeia que está por trás de um pacote de arroz.

Auditoria do TCE-RS traz economia de mais de 7 milhões em receita para o Estado

O Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) identificou, durante a Auditoria Financeira realizada no Balanço Geral do Estado (BGE) em 2023, 714 contas bancárias que não estavam registradas no ativo do Estado. As contas, que haviam sido originalmente abertas na extinta Caixa Econômica Estadual, com a dissolução dessa instituição, foram transferidas sem registro contábil para o Banco do Estado do