Buenas!
Após dois anos de festas borocoxôs, o réveillon será bombástico! Não, ninguém vai explodir bombas, muito menos dizer em Brasília. Quer dizer, talvez tenhamos foguetório, mas daqueles festivos, para comemorar o findar de mais um ciclo em nossas vidas que, de tão complexas, são medidas pelo irrefreável calendário solar.
Motivos para comemorar são os mais diversos – apesar do Brasil ter perdido a copa, né? –, a começar por estarmos vivos e com saúde. Há dois anos iniciava nossa sina pandêmica. Quem de nós não foi afetado, ainda que psicologicamente, pelo que vivemos desde então?
Vez ou outra, o alerta soa, como acontece agora na China, que enfrenta novo e grande surto de Covid por lá, após o fim do rigoroso controle exercido pelo governo. Sinto-me quase como os britânicos quando soavam as sirenes avisando dos ataques aéreos nazistas sobre Londres, durante a Segunda Grande Guerra.
Por aqui, ainda há gente que brinca com a questão da vacina. Muitos estão se contaminando, felizmente, de forma branda, mas nem todos. Nas últimas semanas do ano, morreram 150 pessoas por dia, em média.
Todos que me leem devem imaginar, melhor, ter certeza, que eu quero continuar escrevendo nos anos vindouros. Por isso estou na quarta dose da vacina, conforme previsto no cronograma da Anvisa e do Ministério da Saúde. Tenho um amigo, vacinado, que se contaminou agora em dezembro, após três doses. Ficou uma semana derrubado, como se tivesse levado uma surra, todos os dias! Eu, cá de meu canto, prefiro evitar um laço desnecessário…
Surra levamos, e daquelas!, no quesito futebol. Os gremistas penaram durante o martírio da segunda divisão, retornando, após muito penar, à elite do futebol brasileiro. Não precisava ser tão sofrido, diriam meu amigos gremistas, por entre lágrimas de felicidade. Já no caso dos colorados, nadaram, nadaram e morreram na praia. Após um início titubeante, acabamos o ano em segundo lugar no campeonato brasileiro, mais um vice! Mas, troféu que é bom, nada, diz um colorado, soltando um suspiro profundo e segurando uma lágrima marejante…
Não falarei das expectativas geradas pela seleção, já falei muito, melhor deixar quieto. Digo, tão-somente, que tivemos uma belíssima copa! Novos craques surgindo, Messi, finalmente!, levantou o caneco, Richarlyson entrou para o panteon dos grandes golaços da história, Mbappé mostrou todo seu potencial. Já o Brasil, teve o hexa adiado, de novo…
Após as festas natalinas, quem não tomou uma surra da balança natalina, certamente irá apanhar dela após a virada! Juro que tentei não comer demais, mas os ajuntamentos familiares, cada um levando um prato, acaba com o planejamento de qualquer um. Mas, como sempre, já está engatilhada a promessa para ser feita na noite virada, dieta! Não há quem não prometa isso, mas cumprir, é outra conversa. Só no Réveillon do ano que vem para conferir…
Surra mesmo, levaram os fervorosos brasileiros. Não importa o lado para o qual torcia, as disputas eleitorais. A família de vocês escapou dos embates políticos? Não conheço nenhum núcleo familiar em que a brasa não foi atiçada fervorosamente. A disputa era para, isto sim, atear fogo no barraco alheio, digo, no candidato do outro. Por que tanta briga por causa de políticos, meu deus? Familiares se encontraram no Natal, sorriram meio que de canto, mas todos a postos para iniciar uma guerra de uva passa, caso o estopim fosse aceso.
O que fica certo é que estamos encerrando um ciclo administrativo de quatro anos e iniciando outro. Todos devem torcer para dar certo, não só os 50,9% que venceram, como também os 49,1% que perderam.
Torcer contra a administração do país é como se colocassem os 100% dos eleitores em um gigantesco barco a remo e a metade do lado direito remasse para o lado contrário ditado pelo timoneiro. Iremos andar em círculos, ninguém iria para a frente!
Não importa se eu gosto ou não do timoneiro, se ele fazia parte do time de remadores que está do lado esquerdo do barco e gosta de azul e eu gosto de amarelo. A função dele é cadenciar o ritmo e orientar o roteiro de nossa embarcação. Lembrem-se que num barco a remo todos remam de costas, precisam confiar nas orientações do timoneiro. E, caso alguém tenha esquecido, só poderemos trocar o timoneiro quando o barco ancorar novamente, em 2026.
Para ajudar, a próxima Copa do Mundo será na América do Norte, com jogos no Canadá, México e EUA. Lembram dos resultados de 1970 e de 1994? Quem sabe o escrete canarinho tenha mais sorte em 2026.
Até lá, que o novo ano inicie bombando, metaforicamente falando, é claro. Lembrando que, nesse barco em que nos encontramos, muitos idosos, crianças, dentre outros, não conseguem remar, mesmo se quisessem. Ou seja, o barco Brasil precisa de nossa dedicação, mais ainda, de nossa união.
Bora fazer força e remar. Sempre para a frente, é claro!