sáb, 23 de novembro de 2024

Variedades Digital | 16 e 17.11.24

Parque do DAE é classificado como área de risco após surto de gripe aviária na América Latina

As autoridades brasileiras emitiram alerta para a população pedindo a notificação imediata, caso seja constatado o comportamento anormal das aves ou mortandade
Garças migratórias são observadas no Parque da Hidráulica há alguns anos
(Foto: Marcelo Pinto/AP)

As autoridades sanitárias brasileiras estão em alerta máximo desde o mês passado, quando foram registrados focos de influenza aviária de alta patogenicidade em aves silvestres e domésticas de subsistência em países próximos ao Brasil, como o Peru, a Colômbia e a Venezuela, sendo que no Equador e Peru houve registro da doença em aves de criação industrial. O Brasil é livre da Influenza Aviária, mas diante de casos identificados, as secretarias de Agricultura de todos os estados intensificaram as medidas de prevenção da doença no território nacional. A doença viral é altamente contagiosa e afeta aves domésticas e silvestres, podendo atingir também o homem.
A Secretaria de Saúde do RS emitiu uma nota técnica alertando sobre o risco. Atualmente, o Brasil é vice-líder na exportação mundial de carne de frango, desde 2004, ficando apenas atrás dos Estados Unidos. Só no ano passado, o país produziu 14,3 milhões de toneladas de carne de frango.
Sant’Ana do Livramento, apesar de não ter uma grande atividade avícola comercial, possuindo apenas um aviário, está em alerta máximo por causa do Parque da Hidráulica, que está na área do Departamento de Água e Esgotos (DAE), que nesta época do ano, costuma receber as garças vaqueiras durante sua viagem migratória. A Inspetoria de Defesa Agropecuária (IDA) do município, classificou o parque como área de risco. O mapa publicado na nota técnica do RS, mostra Livramento exatamente em uma das rotas destas aves silvestres que migram dos países onde a doença já foi detectada.

A Plateia acompanhou o trabalho do DEMA, no local, em 2020(Foto: Marcelo Pinto/AP)

Em uma reunião realizada recentemente com representantes da autarquia, a médica veterinária Karen Arevalo, chefe da IDA, definiu o local como área de risco e solicitou que qualquer tipo de anormalidade no comportamento dos animais seja informado, imediatamente. “Definimos o parque como ponto de risco. Nós estamos aumentando a vigilância, tanto nas aves de criatório, quanto nessas silvestres que ficam ali no DAE. A gente vai fazer a nossa parte de ir ali para ver se tem algo diferente, porque nós não temos como tirar os animais de lá”, disse.
Em caso de aves comerciais, ou não comerciais, apresentarem sintomas como dificuldade respiratória; secreção nasal ou ocular; espirros; incoordenação motora; torcicolo; diarreia; deve-se notificar imediatamente a Inspetoria, a Defesa Agropecuária ou comunicar por meio dos canais de WhatsApp: (51) 98445-2033 ou e-mail [email protected]
Procurado, o DAE afirmou que a autarquia não tem gerência sobre o assunto visto que é um fato natural das aves terem escolhido o parque para procriação, apesar de o local pertencer ao município e que esta situação já ter sido comunicada inclusive para o IBAMA. A autarquia afirmou que realiza uma limpeza diariamente na área, na tentativa de evitar que as aves encontrem material para fazer seus ninhos.

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