No amanhecer da última quinta-feira (22), foi deflagrada a Operação Avalanche, que visa coibir e identificar os autores dos últimos ataques sangrentos que aconteceram em Sant’Ana do Livramento. A ação, que combate os crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, ocorreu em parceria com a Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, iniciando às 4h, com um briefing no 2º RPMon, quando foram apresentados os detalhes da ação programada que iria acontecer nos bairros Santa Rosa, Wilson, vila Santa Clara e Parque São José.
Ao todo, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão, que resultaram no recolhimento de um carro, 20 celulares, balanças de precisão, máquinas de cartão de crédito e dois revólveres e munições de diversos calibres.
De acordo com a delegada titular, Giovana Müller, as investigações iniciaram em outubro deste ano, após um motim no presídio e onda de ataques entre os membros da facção que resultaram em incêndios, quatro homicídios, duas tentativas de homicídio e dois sequestros, sendo que um ainda está desaparecido. Os crimes teriam sido motivados por uma rixa entre facções que disputam território e o monopólio para o tráfico de drogas.
A operação foi desencadeada logo após a SUSEPE providenciar a transferência de um dos líderes da facção para um presídio na região metropolitana, onde há bloqueadores de celulares. “A ofensiva foi voltada a dois líderes de facções criminosas, que estão presos, mas atuando aqui na cidade”, destacou Giovana Müller.
Para o comando do 2º Regimento de Polícia Montada, esse foi um trabalho ajustado com a Polícia Civil, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, demonstrando que estão atuando trocando informações, dados e fazendo levantamentos. “A partir de informações de um breve conhecimento e de um estudo da inteligência policial e nós agregamos os efetivos da inteligência, tanto da PC quanto da BM, e procuramos dar uma resposta efetiva e eficaz diante de alguns fatos que vem acontecendo na nossa comunidade. Essa ação se traduz na resposta de colocar as forças de segurança contra à criminalidade”, salientou a subcomandante, major Karla.
“Queremos demonstrar que a semente da criminalidade não vai se disseminar aqui no município. Aproximadamente 50 militares foram empregados imediatamente quando nos foi passado que ocorreria a operação. Estamos com um planejamento estratégico e continuaremos estreitando laços com a segurança”, frisou o comandante do policiamento ostensivo, capitão Alanos Rodrigues.
Participaram da investida 35 Policiais Civis, 10 agentes da PF, 40 policiais militares do 2º RPMon e 05 agentes da PRF, além de 20 viaturas.