A demanda reprimida, a reabertura do setor de serviços, o impulso fiscal causado por meio de programas sociais, a redução de impostos e uma demanda externa ainda elevada, contribuíram para manter a atividade econômica aquecida no Brasil em 2022, segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS). A entidade apresentou, nessa semana, o Balanço 2022 & Perspectivas 2023.
A expectativa para o ano é de um crescimento estimado de 3,1% na economia brasileira. Já para 2023, as expectativas são de redução no ritmo do avanço, para 1%. Na avaliação da FIERGS, o resultado futuro dependerá da capacidade do novo Governo Federal e do Congresso Nacional de sinalizarem a continuidade da agenda de reformas e adotarem medidas que garantam o equilíbrio das contas públicas e da dívida no longo prazo, condição que cria um ambiente de estabilidade para que o Banco Central possa iniciar um ciclo de baixa dos juros o quanto antes. “A perspectiva para 2023 vai depender de como o governo conduzirá a economia, o empresariado não sabe o que virá. A indústria tem que produzir, gerar empregos e impostos. O governo tem que nos fornecer condições para podermos trabalhar, não nos atrapalhar, e nem desmanchar alguns resultados que vêm bem”, disse o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry, enfatizando a necessidade da definição o quanto antes do novo ministro da Fazenda.
Em contrapartida, diferentemente dos resultados nacionais, a economia gaúcha deve apresentar retração de 2,5% no Produto Interno Bruto (PIB) este ano, por conta da estiagem que provocou a queda da produção agrícola.
Já a indústria do Rio Grande do Sul, de acordo com análise elaborada pela Unidade de Estudos Econômicos (UEE) da FIERGS, apresentará um desempenho modesto em 2022, com resultados diversos entre os seus segmentos, mesmo diante da recuperação da economia nacional. O PIB da indústria brasileira (Transformação, Construção, Extrativa e os Serviços Industriais de Utilidade Pública) deve encerrar o ano com avanço de 1,5%, enquanto a indústria gaúcha tende a crescer 2,5%.
PERSPECTIVAS – Para a FIERGS, o crescimento esperado para 2023 no Brasil encontra como obstáculo também a tendência de acomodação no avanço do volume de serviços. Pelo lado da política fiscal, há incerteza acerca do tamanho do gasto extra-teto que será aprovado, mas uma expansão das despesas na ordem de R$ 200 bilhões traria mais impactos negativos pela via financeira e da perda de confiança do que um ganho de crescimento em decorrência do maior consumo.
Acesse o trabalho de Balanço e Perspectivas completo em www.fiergs.org.br/numeros-da-industria/balanco-economico-e-perspectivas.
Justiça determina que Câmara vote o projeto que cria a Guarda Municipal em Livramento
Decisão diz que vereadores não são obrigados a aprovar o texto, mas não podem arquivá-lo sem a devida apreciação